As cervejas com música da Musa vão ter um espaço no Porto
A fábrica abriu há três anos em Lisboa, cidade que já conta com dois bares. Em Outubro, a marca de cervejas artesanais com nomes de rock stars, abre o primeiro espaço fora da capital, no Passeio das Virtudes. Na semana passada houve pré-inauguração.
O primeiro espaço físico da Musa fora de Lisboa só abre em Outubro, mas já deu para sentir o sabor das suas cervejas artesanais naquela que vai ser a sua nova casa no Porto. O primeiro teste foi feito no fim-de-semana passado, com música, muita gente e com as torneiras dos barris quase sempre abertas a algumas das variedades de que a marca dispõe. Será este o ambiente que os responsáveis pela marca esperam ver replicado quando o espaço do Passeio das Virtudes abrir definitivamente, à imagem do que já acontece na capital, onde existem dois bares – o primeiro em Marvila, onde funciona a fábrica aberta há três anos, e o segundo, desde o início do mês, na Bica.
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O primeiro espaço físico da Musa fora de Lisboa só abre em Outubro, mas já deu para sentir o sabor das suas cervejas artesanais naquela que vai ser a sua nova casa no Porto. O primeiro teste foi feito no fim-de-semana passado, com música, muita gente e com as torneiras dos barris quase sempre abertas a algumas das variedades de que a marca dispõe. Será este o ambiente que os responsáveis pela marca esperam ver replicado quando o espaço do Passeio das Virtudes abrir definitivamente, à imagem do que já acontece na capital, onde existem dois bares – o primeiro em Marvila, onde funciona a fábrica aberta há três anos, e o segundo, desde o início do mês, na Bica.
Foi ao som dos portuenses Zen – banda de culto numa espécie de hiato permanente que é quebrado sempre que lhes apetece tocar –, e de outras sonoridades, que se fez a pré-inauguração de um espaço que no Porto nasce numa zona, que, apesar da afluência massiva de pessoas que procuram aquela varanda virada para o Douro, além de duas ou três opções, ainda não está saturada de bares.
E foi no passeio onde em Outubro nascerá uma esplanada de suporte ao novo taproom da marca que se montou o palco para se ver e ouvir o rock desta banda da segunda metade de 1990, séria candidata a dar nome a uma das cervejas do catálogo da Musa. Pura especulação nossa, baseada no historial dos Zen e na designação das seis cervejas artesanais que compõem o portfólio fixo da cervejeira, todas elas a remeterem para ícones do universo musical.
Mick Lager, é a “cerveja de entrada” para os que estão menos habituados aos sabores das craft beers, que têm como ponto de partida para a revolução que se deu nos últimos anos na produção artesanal a India Pale Ale (IPA). Na Musa, a que mais vende é a Born in the IPA, em homenagem a Bruce Springsteen, uma cerveja mais lupulada, amarga até ao ponto certo e com mais teor alcoólico – 6,5% vol. Mas há mais dentro dessa categoria, a Red Zeppelin, uma autoestrada até ao céu para os apreciadores da versão red da IPA.
Dentro das América Pale Ale, há a Frank APA, aqui a solo, sem os Mothers of Invention. Ao estilo mais clássico, também com grau alcoólico mais elevado, mas no nariz a fazer lembrar as weiss beers, há a Saison O’Conner, que se pode comparar às cervejas belgas e alemãs. Os que apreciam uma cerveja mais escura, ao estilo britânico, têm a Twist and Stout.
Explica um dos fundadores da Musa, Nuno Melo, que, além destas cervejas que fazem parte de forma permanente do catálogo, há outras sazonais e algumas edições experimentais que se vão juntando ao menu. No novo espaço, assim como acontece nos outros, haverá pelo menos uma cerveja nova por mês a ocupar temporariamente uma das torneiras.
Quinze torneiras de cerveja artesanal
Nas Virtudes, no balcão que vai nascer ao longo de uma das paredes do antigo estúdio de fotografia que ocuparam, existirão “no mínimo” 15 torneiras. Diz o responsável pelo espaço que dali sairão as várias variedades da marca, mas também, a convite, algumas cervejas artesanais nacionais e internacionais. Enquanto ali se estiver encostado a experimentar uma das propostas disponíveis, olhando para o fundo da sala, poderá ver-se a arca frigorífica, onde estará armazenada a matéria-prima que ali se vai servir, exposta por uma porta de vidro para nada ficar escondido aos olhos dos mais curiosos.
Tudo isto numa sala ao nível da rua com cerca de 120 metros quadrados com mesas e cadeiras suficientes para cerca de 50 pessoas sentadas. De pé caberão muitas mais. Na rua, haverá uma esplanada com cerca de 30 cadeiras. Dificilmente será um problema arranjar um lugar na esplanada maior que é a varanda das Virtudes.
O espaço, como acontece em Lisboa, será também, ocasionalmente, sala de concertos. Quando a noite for de música mesas e cadeiras são removidas do interior.
Para o espaço abrir definitivamente falta fazer obras no piso de cima, onde vão estar as casas de banho, e num sector do piso inferior, onde vai ficar a cozinha, de onde sairão alguns dos petiscos que farão parte da carta.
A data de abertura só acontecerá depois de Outubro deste ano. Por vontade do proprietário que conhece bem aquela zona da cidade seria mais cedo. Nuno Melo nasceu no Porto e frequentava o Passeio das Virtudes numa altura em que ali “ainda não parava ninguém”. A fábrica que fundou com outro sócio, de Coimbra, abriu em Lisboa, assim como os primeiros taprooms, para ficar “em terreno neutro”. Desde o início, há três anos, que a cidade que o viu nascer, parecia um destino óbvio para uma fase de possível expansão: “Já cá estamos representados em muitos cafés e bares da cidade, mas ter um espaço aberto no Porto era algo que tínhamos pensado quase desde que abrimos o primeiro. As Virtudes pareceu-nos o lugar ideal, um lugar mais contemplativo e relativamente retirado da Baixa, onde se pode estar com os amigos a conversar e a ouvir uma música”.