Petróleo dispara 5% com agravar da tensão entre EUA e Irão
Médio Oriente, origem de 20% da produção petrolífera mundial, está novamente sob pressão com escalada de tensão entre EUA e o Irão
A cotação do crude (West Texas Intermediate) está a valorizar esta quinta-feira 5,47%, atingindo 56,7 dólares por barril nos EUA e a do Brent do Mar do Norte (referência para a economia portuguesa) ganha 4,16%, para 64,39 dólares, após a última actualização da tensão diplomática entre Washington e Teerão.
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A cotação do crude (West Texas Intermediate) está a valorizar esta quinta-feira 5,47%, atingindo 56,7 dólares por barril nos EUA e a do Brent do Mar do Norte (referência para a economia portuguesa) ganha 4,16%, para 64,39 dólares, após a última actualização da tensão diplomática entre Washington e Teerão.
O Irão abateu um drone norte-americano perto do estreito de Ormuz, defendendo que o avião não tripulado tinha entrado no espaço aéreo iraniano. Para o Pentágono, o drone foi abatido em espaço internacional. O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou o caso no Twitter, afirmando que o regime de Teerão cometeu “um enorme erro”. O Washington Post avançava esta tarde que Trump tinha entretanto convidado os líderes do Congresso a uma reunião na Casa Branca para discutir o tema do conflito diplomático com o Irão.
Uma queda nos inventários de petróleo bruto nos EUA – o maior mercado mundial de consumo de crude – e a expectativa que a Reserva Federal possa vir a reduzir as taxas de juro numa próxima reunião também estão a levar à valorização da matéria-prima energética, segundo a análise da Reuters.
É uma “confluência de acontecimentos”, explicou à agencia noticiosa John Kilduff, administrador da gestora norte-americana Again Capital Management. E que terão efeito sobre o dólar – que esta semana já valorizou face ao euro após as declarações de Draghi – e deverão continuar a “alavancar os preços das matérias-primas”, num cenário de tensão com o Irão.
O estreito de Ormuz – uma zona de tráfego intenso numa rota essencial para o transporte de petróleo naquela que é a região responsável por 20% da produção mundial – já foi palco este mês de acusações de Washington a Teerão, que negou ter atacado dos navios petroleiros, conforme defendem os EUA.