Não se passa muito (para não dizer que não se passa quase nada) no documentário com que Hiroatsu Suzuki e Rossana Torres venceram o concurso nacional do Doclisboa em 2018. Nem é preciso: basta ficar a olhar para os seus planos longos, quase hipnóticos, para descobrirmos sempre alguma coisa a acontecer nestes locais do vale do Guadiana onde o carvão ainda se faz de modo artesanal, a partir de madeira queimada no interior do que parecem ser formigueiros enormes. Não falamos de James Benning — seria um pouco abusivo, Terra é outra coisa — mas é inegável que há muito do que se tem chamado de slow cinema nesta paciente e contemplativa hora que nos pede, simplesmente, que deixemos à porta a urgência e nos deixemos seduzir pela majestade do rio que passa.
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Não se passa muito (para não dizer que não se passa quase nada) no documentário com que Hiroatsu Suzuki e Rossana Torres venceram o concurso nacional do Doclisboa em 2018. Nem é preciso: basta ficar a olhar para os seus planos longos, quase hipnóticos, para descobrirmos sempre alguma coisa a acontecer nestes locais do vale do Guadiana onde o carvão ainda se faz de modo artesanal, a partir de madeira queimada no interior do que parecem ser formigueiros enormes. Não falamos de James Benning — seria um pouco abusivo, Terra é outra coisa — mas é inegável que há muito do que se tem chamado de slow cinema nesta paciente e contemplativa hora que nos pede, simplesmente, que deixemos à porta a urgência e nos deixemos seduzir pela majestade do rio que passa.