Marques Mendes diz que “o país é vítima” de Constâncio
Antigo líder do PSD considera “fantástica” a alusão do antigo governador do Banco de Portugal a um eventual processo ao PÚBLICO pelas notícias sobre o seu papel na concessão de crédito da Caixa a Joe Berardo.
Luís Marques Mendes, antigo líder do PSD, declarou este domingo no seu habitual espaço de comentário na SIC, que “o país é vítima” de Vítor Constâncio e “da sua incompetência”.
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Luís Marques Mendes, antigo líder do PSD, declarou este domingo no seu habitual espaço de comentário na SIC, que “o país é vítima” de Vítor Constâncio e “da sua incompetência”.
Mendes referia-se à alusão do antigo governador do Banco de Portugal a um eventual processo ao PÚBLICO na sequência das notícias sobre o seu papel na concessão de crédito a Joe Berardo pela Caixa Geral de Depósitos, considerando “fantástica” a afirmação feita por Constâncio em sede de direito de resposta e o facto de se ter feito de “vítima”.
“Fez-se de vítima, mas não é vítima, vítima é o país da sua incompetência, por exemplo, no BPN”, disse Marques Mendes.
“Ninguém disse que ele era vigarista, ninguém pôs em causa a sua idoneidade, mas sim a sua competência e eficácia. Que eu também ponho”, sublinhou.
O antigo líder do PSD disse ainda esperar esclarecimentos de Constâncio sobre o caso quando, na próxima terça-feira, o antigo governador do Banco de Portugal for ouvido na Assembleia da República. Mendes referiu-se na SIC à autorização do empréstimo a Berardo e ao papel na estratégia de tomada da liderança do BCP.
“A 21 de Dezembro de 2007, Constâncio reuniu no Banco de Portugal com vários accionistas do BCP para falarem de encontrar uma lista candidata à gestão do BCP. E no dia seguinte saiu a candidatura de Santos Ferreira. E eu pergunto: sabendo-se que o Banco de Portugal não tem nada que se meter na gestão do banco A, B ou C, porque é que ele andou a patrocinar, presidir a uma reunião de accionistas para tentar fazer uma lista? Sobretudo ele que nunca ligou muito à supervisão — veja-se o caso do BPN — aqui esteve muito activo e interveniente”, disse Marques Mendes.
“Eu acho que isto é uma suspeita política muito forte”, sentenciou Mendes.