Três milhões de euros para o São Carlos que não pacificam os trabalhadores (nem salvam a ópera que ficou por estrear)
Os funcionários do Opart cumprem este domingo mais um dia de greve. Face ao anúncio-surpresa, feito na sexta-feira pela tutela, de uma verba para obras no teatro, estranham que não seja possível atender a uma reivindicação laboral que custaria ao Estado apenas “60 mil euros”.
Os trabalhadores do Organismo de Produção Artística (Opart), entidade responsável pela gestão conjunta do Teatro Nacional de São Carlos (TSNC) e da Companhia Nacional de Bailado (CNB), cumprirão esta tarde mais um dia de greve à ópera La Bohème, que deveria ter este domingo a última das suas cinco récitas mas nunca chegou a estrear-se. Não os demoveu o anúncio-surpresa, feito na sexta-feira aos microfones da Antena 1 pela ministra da Cultura, de uma intervenção de três milhões de euros para a reabilitação do São Carlos – sobretudo porque, na mesma entrevista, Graça Fonseca deixou claro que terão de esperar para ver satisfeita a correcção da disparidade salarial entre os técnicos do TNSC e os técnicos da CNB que se mantém desde 2017.
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