No futuro, 2019 será o ano em que o Festival de Almada recebeu Bob Wilson e Isabelle Huppert

Numa edição em que o espectáculo central é uma evidência, haverá palco também para propostas de Juni Dahr, Jan Lauwers, Phia Ménard ou do homenageado Carlos Avilez. Como sempre, de 4 a 18 de Julho.

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Isabelle Huppert, actualmente celebrada como a melhor actriz francesa viva, encarna Maria Stuart, a "rainha dos escoceses" LUCIE JANSCH

“No futuro, quando olharmos para trás”, escreve Rodrigo Francisco no texto de apresentação da 36.ª edição do Festival de Almada, “2019 será ‘o ano em que vieram o Robert Wilson​ e a Isabelle Huppert’”. Não será de facto fácil escapar à evidência que é colocar no centro do mais importante festival de teatro português um acontecimento da magnitude deste: um dos mais influentes encenadores das últimas décadas e aquela que é para muitos a maior actriz viva juntos num espectáculo que marcará fatalmente o ano teatral em que nos encontramos. Mas dentro desse acontecimento há também um sinal que Almada pretende dar ao país: 2019 é igualmente o ano em que o festival tenta recuperar uma das suas “características mais distintivas”, a de dar palco a peças de criadores contemporâneos fundamentais. Depois de Peter Brook, Peter Stein, Claude Régy, Patrice Chéreau ou Peter Zadek, chega-nos Robert Wilson. Com ​Isabelle Huppert, é bom não esquecer.

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“No futuro, quando olharmos para trás”, escreve Rodrigo Francisco no texto de apresentação da 36.ª edição do Festival de Almada, “2019 será ‘o ano em que vieram o Robert Wilson​ e a Isabelle Huppert’”. Não será de facto fácil escapar à evidência que é colocar no centro do mais importante festival de teatro português um acontecimento da magnitude deste: um dos mais influentes encenadores das últimas décadas e aquela que é para muitos a maior actriz viva juntos num espectáculo que marcará fatalmente o ano teatral em que nos encontramos. Mas dentro desse acontecimento há também um sinal que Almada pretende dar ao país: 2019 é igualmente o ano em que o festival tenta recuperar uma das suas “características mais distintivas”, a de dar palco a peças de criadores contemporâneos fundamentais. Depois de Peter Brook, Peter Stein, Claude Régy, Patrice Chéreau ou Peter Zadek, chega-nos Robert Wilson. Com ​Isabelle Huppert, é bom não esquecer.