Parlamento vai votar fim de taxas moderadoras nos centros de saúde

Proposta de acabar com taxas moderadoras em consultas e exames prescritas por médicos vai ser debatida na sexta-feira no Parlamento.

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Rui Gaudencio

O Parlamento debate e vota na sexta-feira um projecto-de-lei do Bloco de Esquerda para acabar com as taxas moderadoras nos centros de saúde e em consultas ou exames prescritos por profissionais do Serviço Nacional de Saúde.

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O Parlamento debate e vota na sexta-feira um projecto-de-lei do Bloco de Esquerda para acabar com as taxas moderadoras nos centros de saúde e em consultas ou exames prescritos por profissionais do Serviço Nacional de Saúde.

O BE pretende que “deixem de existir taxas moderadoras nos cuidados de saúde primários e em todas as consultas e prestações de saúde que sejam prescritas por profissional de saúde e cuja origem de referenciação seja o SNS”.

“Não faz nenhum sentido cobrar taxas moderadoras para consultas e outras prestações de saúde que são prescritas por profissionais do SNS”, justifica os bloquistas no projecto-de-lei, indicando que as taxas moderadoras não devem ser “copagamentos encapotados”.

O objectivo dos bloquistas é o fim das taxas moderadoras e a gratuitidade no acesso aos cuidados. Entende o BE que este é “um passo nessa direcção”.

Assim, no texto que será discutido no Parlamento, o BE propõe a “dispensa de cobrança de taxas moderadoras” no atendimento, consultas e outras prestações de saúde no âmbito dos cuidados de saúde primários, bem como em “consultas, actos complementares prescritos e outras prestações de saúde, se a origem de referenciação para estas for o Serviço Nacional de Saúde”.

Na exposição de motivos do projecto-de-lei, o BE recorda que, após negociações com o Governo, foram apresentadas propostas no sentido de acabar com as taxas moderadoras nas duas situações em sede de discussão da nova Lei de Bases da Saúde.

“A presente iniciativa legislativa serve para concretizar a intenção maioritária demonstrada no debate da especialidade da nova Lei de Bases da Saúde, passando a dispensar a cobrança de taxa moderadora nos cuidados de saúde primários e em todas as prestações de saúde sempre que a origem for o SNS”, indica o texto.