Ana Pessoa é uma das 28 artistas escolhidas para repensar o futuro da Europa
Portuguesa foi seleccionada para integrar um grupo de 28 mulheres escritoras, artistas e cientistas que, através de contos e ensaios, vai repensar o futuro da Europa.
A autora Ana Pessoa foi a portuguesa seleccionada para integrar um grupo de 28 mulheres escritoras, artistas e cientistas, de todos os Estados-membros da União Europeia, para participar num novo projecto global de repensar o futuro da Europa.
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A autora Ana Pessoa foi a portuguesa seleccionada para integrar um grupo de 28 mulheres escritoras, artistas e cientistas, de todos os Estados-membros da União Europeia, para participar num novo projecto global de repensar o futuro da Europa.
O anúncio foi feito pelo Hay Festival, um festival literário anual, que decorre na cidade de Hay-on-Wye, no País de Gales (Reino Unido), e que este ano teve lugar entre os dias 23 de Maio e 2 de Junho. Este grupo de 28 mulheres, uma de cada país europeu, vai contribuir para a releitura do futuro da Europa através dos seus contos e ensaios, que serão partilhados numa nova antologia — Europa28: Visões para o Futuro (Europa28: Visions for the Future, no original em inglês) —, no Hay Festival Europa28, a ter lugar em Rijeka (Croácia), Capital Europeia da Cultura 2020, mas também em outros eventos à volta do mundo.
Nascida em Lisboa em 1982, a escritora e tradutora Ana Pessoa começou a escrever histórias aos 10 anos e acabou por estudar Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Portugueses e Alemães) na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Saiu de Portugal com 22 anos para fazer um estágio de seis meses na Alemanha e nunca mais voltou. Vive em Bruxelas desde 2007, onde trabalha como tradutora.
Como autora, tem contos publicados em várias colectâneas e textos premiados em Portugal (incluindo Jovens Criadores"10, Aveiro Jovem Criador 2010 e Jovens Criadores"12). Foi também distinguida internacionalmente, nomeadamente no Concurso Internacional de Contos Um mar de palavras 2010, em Espanha, e no Concurso Internacional de Teatro Castello di Duino 2011, em Itália.
O seu primeiro livro, O caderno vermelho da rapariga carateca, venceu o Prémio Branquinho da Fonseca 2011, na modalidade Juvenil. Supergigante foi a sua segunda obra, publicada em 2014, a que se seguiu, em 2016, a publicação de Mary John, todos eles ilustrados por Bernardo Carvalho e editados pela Planeta Tangerina. É ainda autora do livro ilustrado Eu sou eu sei. Já este ano, publicou Aqui é um bom lugar, um diário gráfico feito com a ilustradora Joana Estrela, editado também pela Planeta Tangerina. Tem obra publicada no Brasil, na Colômbia e no México e tem contos dispersos em colectâneas.
Junta-se assim a outras 27 mulheres que representam um “instantâneo multidisciplinar” das melhores mentes do nosso tempo. Entre elas estão a escritora francesa Leïla Slimani, a empresária inglesa Hilary Cottam, a activista dinamarquesa Janne Teller, a antropóloga holandesa Gloria Wekker e a actriz irlandesa Lisa Dwan.
Além destas, integram a lista a poeta croata Asja Bakic, a escritora húngara Zsófia Ban, a autora belga Annelies Beck, a jornalista cientifica italiana Silvia Bencivelli, a advogada e ensaísta alemã Yvonne Hofstetter, a ensaísta letã Nora Ikstena, a poeta estónia Maarja Kangro, a poeta búlgara Kapka Kassabova, a activista grega Sofia Kouvelaki, a artista luxemburguesa Carine Krecke, a jornalista maltesa Caroline Muscat, a escritora cipriota Nora Nadjarian, e a autora romena Ioana Nicolaie.
Completam a lista a realizadora e argumentista polcada Bronka Nowicka, a realizadora e actriz eslovaca Tereza Nvotova, a autora espanhola Edurne Portela, a pintora austríaca Julya Rabinowich, a escritora sueca Karolina Ramqvist, a realizadora checa Apolena Rychlikova, a filósofa e socióloga eslovena Renata Salecl, a dramaturga finlandesa Saara Turunen e a empresária e economista lituana Zydrune Vitaite.
Em Março de 2020, a antologia Europa28: Visions for the Future, editada por Sophie Hughes e Sarah Cleave, será publicada pela Comma Press, no Reino Unido, e pela Fraktura, na Croácia, apresentando contos e ensaios daquelas escritoras, cujo tema é o que a Europa significa para cada uma delas.