Os números dos casamentos de Santo António

São 16 os casais que se juntam nesta quarta-feira aos 706 noivos que já se casaram nesta cerimónia desde que foi retomada, em 1997. A cerimónia divide-se entre casamento religioso e civil – e em 2001 houve um casamento muçulmano.

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Casamentos de Santo António, 2011 Pedro Cunha/ARQUIVO

Chegou a chamar-se “Noivas de Santo António” e esteve 23 anos sem se fazer depois da revolução de 25 de Abril de 1974: os Casamentos de Santo António sobem ao altar nesta quarta-feira pela 23.ª vez desde 1997 e esta é a primeira edição organizada unicamente pela EGEAC (Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural).

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Chegou a chamar-se “Noivas de Santo António” e esteve 23 anos sem se fazer depois da revolução de 25 de Abril de 1974: os Casamentos de Santo António sobem ao altar nesta quarta-feira pela 23.ª vez desde 1997 e esta é a primeira edição organizada unicamente pela EGEAC (Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural).

a contar com os habituais 16 casais deste ano, são 369 os casais (738 pessoas) que deram o nó na cerimónia, que decorre na Sé de Lisboa para os casamentos religiosos e nos Paços do Concelho para os casamentos civis – em 2001, um casal muçulmano casou-se na Mesquita Central de Lisboa. Esse foi o único ano a ter 17 casais e não 16.

Cada casal tem direito a levar 20 convidados para as cerimónias e para o copo de água, que acontece na Estufa Fria (Parque Eduardo VII, Lisboa). No dia, são mais de 40 as pessoas que constituem a equipa organizadora.

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Pedro Cunha

Este ano, 11 dos casais casam-se em cerimónia religiosa e cinco deles em cerimónia civil. O casamento civil acontece pelas 11h45 e a cerimónia religiosa pelas 14h. O dia dos noivos começa pelas 7h30 com a preparação nos Paços do Concelho e só termina à noite, depois do desfile das marchas populares na Avenida da Liberdade. As marchas têm centenas de participantes integrados em 20 grupos: Alfama (vencedora em 2018), S. Vicente, Carnide, Bica, Bela Flor-Campolide, Ajuda, Baixa, Madragoa, Penha de França, Graça, Beato, Marvila, Bairro da Boavista, Olivais, Mouraria, Parque das Nações, Castelo, Alto do Pina, Alcântara e Bairro Alto.

Ao todo, a organização dos Casamentos de Santo António recebeu 60 inscrições. Os critérios de selecção obrigam a que um dos noivos, pelo menos, resida na capital portuguesa. Escolhidos os casais, fazem-se os ensaios de preparação (como a valsa e os passos a dar ao longo da cerimónia) durante dois meses, que são responsabilidade do director artístico Luís Moreira, que ensaia os noivos há mais de duas décadas.

Uma cerimónia destas demora um ano a ser preparada, explica a coordenadora do evento, Maria do Carmo Rosa. E conta com a ajuda de muitos dos espaços culturais geridos pela EGEAC: ao todo, são 63 parceiros. “Desde alianças, vestidos de noiva, fraques, sapatos, noite de núpcias, bouquets, decoração, catering e enxoval e até despedida de solteiros.”

A RTP é a televisão oficial dos Casamentos de Santo António há mais de dez anos e transmite em directo para todo o país e para o mundo através da RTP Internacional. A organização terá também um ecrã no Largo da Sé, onde a cerimónia será transmitida em directo para o público poder acompanhar.

A primeira edição dos Casamentos de Santo António aconteceu em 1958, com 26 casais: o objectivo da iniciativa, patrocinada na altura pelo Diário Popular, era possibilitar o casamento a casais com maiores dificuldades financeiras.