Na Quinta dos Perfumes, com o corpo a mergulhar no laranjal
Com uma piscina mergulhada no pomar, a Quinta dos Perfumes, à Ria Formosa, contraria a tese de que, à noite, a laranja mata. Aqui o dia começa com sumo de ouro, salta para a bicicleta e passeia pela ria Formosa. E à luz da lua, não há sinal de alarme.
Por esta altura do ano, um cego dificilmente chegaria à Quinta dos Perfumes guiado pelo cheiro. Uma boa parte das laranjeiras já deu Navelinas e as outras variedades – pelo menos as mais próximas dos quartos – ainda não se aperaltaram com as flores brancas do Algarve. No lugar cujo nome chama pelo nariz, hoje são os olhos que ganham. Para lá dos portões que nos tiram do asfalto da Nacional 125, surge um quadro à David Hockney, pintado de bolinhas laranja, céu unicolor e um rectângulo azul-aquático a piscar entre as árvores. “Splash!”, há-de ouvir-se de dentro da pintura. Mas um dia, quando estivermos de olhos fechados, o perfume há-de chegar, avisa a natureza, e de entrar pelos quartos que tornaram a propriedade de 36 hectares numa experiência bucólica de agroturismo.
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Por esta altura do ano, um cego dificilmente chegaria à Quinta dos Perfumes guiado pelo cheiro. Uma boa parte das laranjeiras já deu Navelinas e as outras variedades – pelo menos as mais próximas dos quartos – ainda não se aperaltaram com as flores brancas do Algarve. No lugar cujo nome chama pelo nariz, hoje são os olhos que ganham. Para lá dos portões que nos tiram do asfalto da Nacional 125, surge um quadro à David Hockney, pintado de bolinhas laranja, céu unicolor e um rectângulo azul-aquático a piscar entre as árvores. “Splash!”, há-de ouvir-se de dentro da pintura. Mas um dia, quando estivermos de olhos fechados, o perfume há-de chegar, avisa a natureza, e de entrar pelos quartos que tornaram a propriedade de 36 hectares numa experiência bucólica de agroturismo.