Hospital Garcia de Orta sem resposta para atendimento a grávidas

Hospital fala em “limite de admissões”, mas sindicato aponta a falta de meios como motivo. Grávidas em trabalho de parto serão encaminhadas para outras unidades até às 8h de sábado.

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Nesta terça-feira, o hospital já havia comunicado o procedimento aos órgãos competentes Paulo Pimenta (arquivo)

O Serviço de Urgência Obstétrica e Ginecológica do Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, comunicou à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM que as grávidas em trabalho de parto não deverão ser encaminhadas para a unidade hospitalar da margem Sul até às 8h deste sábado.

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O Serviço de Urgência Obstétrica e Ginecológica do Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, comunicou à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM que as grávidas em trabalho de parto não deverão ser encaminhadas para a unidade hospitalar da margem Sul até às 8h deste sábado.

A informação foi confirmada ao PÚBLICO pelo Hospital Garcia de Orta, justificando a medida com o facto de ter sido atingido “o limite de admissões”. E acrescenta que, por uma “questão de segurança e qualidade de atendimento, informou o CODU de que deve transportar as utentes para outros hospitais com disponibilidade de camas”.

Por sua vez, Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, relata ao PÚBLICO uma situação diferente da que é assumida pelo hospital de Almada. O médico afirma que os constrangimentos sentidos no bloco de obstetrícia do Garcia de Orta se devem à “falta de médicos” e que já na terça-feira fora decretada a mesma medida, estendendo-a também ao Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, na Amadora, nas noites dos dias 1 e 3 de Junho.

Nas palavras do representante do sindicato, a decisão de restringir o atendimento de grávidas “é uma atitude de elementar prudência dos médicos, que salvaguarda a integridade clínica dos seus utentes”. O gabinete de comunicação do HGO assume que “todos os hospitais têm este procedimento em condições semelhantes”, afastando a questão da falta de médicos como estando na origem da restrição.