Theresa May deixa a liderança dos conservadores, mas continua primeira-ministra

Luta pela sucessão e pela chefia do próximo Governo durará até Julho. A meta é completar o processo do “Brexit”.

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Theresa May não conseguiu que o Parlamento britânico aprovasse o acordo sobre o "Brexit" que negociou com a UE Yves Herman/REUTERS

A primeira-ministra britânica, Theresa May, formaliza esta sexta-feira a demissão da liderança do Partido Conservador anunciada em Maio, desencadeando uma eleição interna para encontrar um sucessor.

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A primeira-ministra britânica, Theresa May, formaliza esta sexta-feira a demissão da liderança do Partido Conservador anunciada em Maio, desencadeando uma eleição interna para encontrar um sucessor.

Enquanto primeira-ministra, mantém-se em funções até que esteja em posição de dizer à rainha Isabel II quem esta deve nomear como sucessor, na sequência da eleição no Partido Conservador. Há 11 pré-candidatos, que terão de formalizar a sua candidatura na segunda-feira.

O vencedor, enquanto líder do partido do Governo, torna-se também primeiro-ministro sem a necessidade de eleições legislativas. O novo líder terá de ser escolhido até à semana de 22 de Julho e espera-se que conduza o processa de saída do Reino Unido da União Europeia até 31 de Outubro – o novo prazo concedido pela UE, após ter falhado a data prevista, 29 de Março.

Numa declaração à porta da residência oficial, em Downing Street, a 24 de Maio, May reconheceu que o fracasso em aplicar o ‘Brexit’ determinou a sua decisão de se demitir. “É e será sempre motivo de profundo desgosto para mim não ter sido capaz de completar o ‘Brexit’. Caberá ao meu sucessor encontrar um caminho que honre o resultado do referendo”, afirmou.

May disse ter feito o possível para convencer os deputados a aprovar o acordo que negociou com Bruxelas para fazer o Reino Unido sair da União Europeia UE, mas, “infelizmente”, não conseguiu.

O documento foi chumbado três vezes na Câmara dos Comuns por margens elevadas devido, não só à divergência da oposição e dos deputados anti-‘Brexit’, mas também por causa da discórdia por vários eurocépticos do seu próprio partido.

“É claro agora para mim que é melhor para o país que um novo primeiro-ministro lidere esse processo”, acrescentou.