Área de eucalipto vai diminuir em Portugal, diz secretário de Estado das Florestas
O governante adiantou que, com o inventário que está a ser feito “este mês”, vai ser também feita uma “actualização das metas concedidas” para a plantação do eucalipto.
A área de eucalipto vai diminuir em Portugal, assegurou esta quarta-feira aos deputados o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, ouvido pela Comissão de Agricultura e Mar.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A área de eucalipto vai diminuir em Portugal, assegurou esta quarta-feira aos deputados o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, ouvido pela Comissão de Agricultura e Mar.
“Vamos ter uma redução da área de eucalipto em Portugal”, afirmou, justificando que esta diminuição já acontece e que, com a legislação produzida, estão ainda mais dificultadas novas áreas de plantação de eucalipto.
O governante, que juntamente com o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, foi ouvido por aquela comissão, adiantou que, com o inventário que está a ser feito “este mês”, vai ser também feita uma “actualização das metas concedidas” para a plantação do eucalipto.
Na semana passada, os ambientalistas da Quercus vieram denunciar que os novos programas regionais de Ordenamento Florestal (PROF) privilegiam a plantação de eucalipto, e que esta espécie vai ocupar 95% do território nacional.
“Os PROF consideram prioritária a plantação de eucaliptos em 95% do território continental e apenas não são privilegiados em 5% da área, ou seja, em oito sub-regiões homogéneas do interior de Trás-os-Montes e Alto Douro e do Baixo Alentejo”, afirmou na altura a associação ambientalista.
A Quercus alertou ainda para o facto de os novos PROF, publicados em Fevereiro, terem sido elaborados “com informação desactualizada e utilizando uma metodologia com critérios desajustados, o que os impede de contribuir para um melhor ordenamento florestal”.