Cristas nega crise e transmite a Marcelo “entusiasmo” em melhorar votação do CDS

Presidente ouve partidos entre quarta e sexta-feira desta semana.

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Assunção Cristas foi a primeira líder partidária a ser recebida em Belém LUSA/ANDRE KOSTERS

A presidente do CDS-PP afirmou nesta quarta-feira ter transmitido ao Presidente da República “o entusiasmo e o empenho” em melhorar a votação do seu partido nas legislativas face às europeias, mas rejeitou que exista uma crise.

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A presidente do CDS-PP afirmou nesta quarta-feira ter transmitido ao Presidente da República “o entusiasmo e o empenho” em melhorar a votação do seu partido nas legislativas face às europeias, mas rejeitou que exista uma crise.

“Do lado do CDS, o que eu posso dizer é que não há crise nenhuma. Há um partido unido e empenhado em trazer propostas muito focadas, muito concretas, que vão ao encontro do dia-a-dia das pessoas”, declarou Assunção Cristas aos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa.

Questionada se neste encontro com o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, foi abordada a possibilidade de se restabelecer uma coligação à direita, a presidente do CDS-PP escusou-se a responder a essa questão: “Naturalmente, eu não vou revelar todo o conteúdo da conversa com o Presidente”.

“O que lhe posso dizer é que, do lado do CDS, não há percepção de que exista uma crise. Há, sim, muito trabalho para ser feito”, reiterou Assunção Cristas, tendo ao seu lado os dirigentes centristas Telmo Correia, Cecília Meireles e Nuno Magalhães.

O CDS-PP foi recebido pelo Presidente da República, durante perto de uma hora, no quadro dos seus contactos regulares com os partidos com assento parlamentar. As restantes forças políticas serão ouvidas entre quinta e sexta-feira.

No final da audiência, Assunção Cristas foi interrogada sobre o alerta feito por Marcelo Rebelo de Sousa para “uma forte possibilidade de haver uma crise na direita portuguesa nos próximos anos”, na sequência das eleições europeias de 26 de Maio, em que PSD e CDS-PP obtiveram, respectivamente, 21,6% e 6,2% dos votos.

A presidente do CDS-PP não esclareceu se essas declarações do chefe de Estado foram tema de conversa, mas considerou que “certamente que o senhor Presidente da República está preocupado”, acrescentando: “Como nós estamos preocupados”.

“Por isso, aquilo que transmiti ao senhor Presidente da República foi o entusiasmo e o empenho do CDS em que nas eleições legislativas de Outubro, de facto, as nossas propostas, pela sua qualidade, pela forma como são apresentadas e como vão ao encontro das preocupações centrais de todos nós portugueses, possam naturalmente trazer um resultado diferente”, relatou.