É impossível ter-se estado desperto para as coisas que acontecem à nossa volta na minha geração e não se ter sido marcado pelo duplo ato do massacre da Praça Tiananmen, naquela primavera-quase-verão de há 30 anos, e da queda do Muro de Berlim nesse mesmo ano, num outono-quase-inverno. A queda do muro substituiu na nossa consciência política o massacre de Tiananmen, porque na nossa geração democrática — formada em Portugal pela Revolução do 25 de Abril, no Brasil pelas Diretas Já!, e por aí adiante — queríamos acreditar que era possível ao povo vencer, se possível sem sangue, e substituir uma ditadura por uma democracia. Isso era, acima de tudo, política — no que a política tem de maior que nós mesmos.
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É impossível ter-se estado desperto para as coisas que acontecem à nossa volta na minha geração e não se ter sido marcado pelo duplo ato do massacre da Praça Tiananmen, naquela primavera-quase-verão de há 30 anos, e da queda do Muro de Berlim nesse mesmo ano, num outono-quase-inverno. A queda do muro substituiu na nossa consciência política o massacre de Tiananmen, porque na nossa geração democrática — formada em Portugal pela Revolução do 25 de Abril, no Brasil pelas Diretas Já!, e por aí adiante — queríamos acreditar que era possível ao povo vencer, se possível sem sangue, e substituir uma ditadura por uma democracia. Isso era, acima de tudo, política — no que a política tem de maior que nós mesmos.