Autoridades removem 11 mil quilos de lixo e recuperam quatro corpos no Evereste
Fontes oficiais disseram que a iniciativa teve sucesso, mas ainda há muito lixo escondido debaixo da neve, que só desaparecerá quando as temperaturas subirem. Os quatro corpos recuperados ficaram expostos com o degelo.
As autoridades do Nepal removeram 11 mil quilos de lixo numa operação de limpeza no Monte Evereste, que permitiu ainda recuperar quatro cadáveres, anunciou esta quarta-feira fonte oficial à Associated Press.
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As autoridades do Nepal removeram 11 mil quilos de lixo numa operação de limpeza no Monte Evereste, que permitiu ainda recuperar quatro cadáveres, anunciou esta quarta-feira fonte oficial à Associated Press.
Um funcionário do Departamento de Turismo, Danduraj Ghimire, disse que a equipa de limpeza, que trabalhou durante semanas, recolheu embrulhos de alimentos, latas, garrafas e garrafas de oxigénio vazias. Parte do lixo apanhado durante a operação foi transportado de avião para Catmandu e entregue aos responsáveis pela reciclagem, na cerimónia de encerramento da campanha de limpeza que aconteceu esta quarta-feira.
Fontes oficiais disseram que a iniciativa teve sucesso, mas ainda há muito lixo escondido debaixo da neve, que só desaparecerá quando as temperaturas subirem. As autoridades não conseguem fazer uma estimativa da quantidade de lixo que permanece na montanha.
A maioria dos resíduos recuperados estava nos campos dois e três, pontos de descanso intermédios para os alpinistas, desde o campo base até ao pico, a 8850 metros de altitude.
Sobre os quatro corpos recuperados, Ghimire disse que estavam expostos porque a neve estava derretida. Foram depois carregados até ao campo base e levados posteriormente para o hospital, para serem identificados. Os companheiros dos alpinistas que morreram estavam com dificuldades em retornar à base, pelo que não conseguiram carregar os corpos dos colegas.
Mais de 300 montanhistas morreram no Evereste desde que alguém conseguiu alcançar o cume pela primeira vez, em 1953. Não é possível precisar quantos desses corpos ainda estão na montanha pois não existem dados. Centenas de alpinistas e os seus guias passam semanas no Evereste durante a primavera, que é considerada a melhor altura para subir a montanha.