Reeleito, Gianni Infantino diz que já “ninguém fala de corrupção” na FIFA

O dirigente foi aclamado para um segundo mandato à frente do órgão máximo do futebol mundial. No discurso de tomada de posse sublinhou que a FIFA deixou de ser associada à corrupção.

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Gianni Infantino está à frente da FIFA desde Fevereiro de 2016 EPA/CHRISTOPHE PETIT TESSON

Ao som dos acordes da música “Seven Nations Army” da banda norte-americana The White Stripes, Gianni Infantino subiu esta quarta-feira ao palco parisiense onde decorreu o congresso da FIFA para um dos dias mais emocionantes da sua vida. Acabava de ser reeleito por aclamação para a presidência do organismo. Com a voz embargada e sem esconder a emoção procurou ser magnânimo: “Obrigado a todos aqueles que me adoram e a todos os que me odeiam. Hoje, eu amo toda a gente!”

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Ao som dos acordes da música “Seven Nations Army” da banda norte-americana The White Stripes, Gianni Infantino subiu esta quarta-feira ao palco parisiense onde decorreu o congresso da FIFA para um dos dias mais emocionantes da sua vida. Acabava de ser reeleito por aclamação para a presidência do organismo. Com a voz embargada e sem esconder a emoção procurou ser magnânimo: “Obrigado a todos aqueles que me adoram e a todos os que me odeiam. Hoje, eu amo toda a gente!”

Longe de eufóricos, os aplausos na sala eram bem mais sóbrios do que o tom das palavras do protagonista do dia, que se apresentou como um reformador. Sendo candidato único (bastando por isso os aplausos para o legitimar), desconhece-se ao certo o peso da sua popularidade entre os representantes dos 211 filiados da FIFA presentes, assim como a avaliação do trabalho dos três anos anteriores, quando sucedeu (em 2016) ao anterior detentor do cargo Joseph Blatter, varrido da cadeira do poder do futebol mundial por uma onda de escândalos de corrupção.

Um passado que Infantino testemunhou bem perto, enquanto secretário-geral da UEFA (2009-2016), mas que garante agora ter banido da “sua” FIFA. “A organização mudou de um estado tóxico, quase criminal, para outro que deveria ter sempre sido”, justificou, especificando esta transformação: “É agora um sinónimo de credibilidade, confiança, integridade, igualdade e direitos humanos (…) Ninguém fala mais acerca dos escândalos, ninguém fala mais acerca da corrupção.”

Antes desta reeleição, o italo-suíço, de 49 anos, admitiu erros durante o seu primeiro mandato (2016-19), mas o balanço que fez foi frncamente positivo: “Os últimos três anos e quatro meses não foram certamente perfeitos e eu certamente cometi erros. Tentei melhorar, mas hoje ninguém fala sobre crises.”

Seguiram-se as referências à sua obra, nomeadamente no campo financeiro. “Quando cheguei aqui, a FIFA tinha mil milhões de dólares em reservas [890 milhões de euros]. Um bom dinheiro, mas hoje tem 2,7 mil milhões de dólares [2,4 mil milhões de euros]. Prometi um programa de financiamento para as associações nacionais e disseram que eu era louco. Distribuímos dinheiro para vocês, para o futebol e não em acordos estranhos”, salientou o homem que irá continuar a liderar os destinos do organismo até 2023. Pelo menos, já que pode tentar ainda mais duas reeleições.