O sonho de Roger Federer está longe de ficar completo

Suíço ultrapassou Stan Wawrinka e marcou encontro com outro campeão nas meias-finais de Roland Garros.

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Reuters/BENOIT TESSIER

Depois de quatro rondas acessíveis, Roger Federer abordou da melhor forma a segunda semana de Roland Garros, armadilhada com campeões do torneio. Stan Wawrinka, campeão de 2015, ficou para trás, depois de uma boa exibição do mais velho dos suíços. Segue-se “o derradeiro desafio na terra batida”, Rafael Nadal, detentor de 11 títulos em Paris. O rival espanhol lidera por 23-15 e venceu os cinco embates realizados em Roland Garros — o último dos quais, na final de 2011, na qual o suíço assinou a melhor exibição diante do rival, apesar da derrota (7-5, 7-6, 5-7, 6-1).

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Depois de quatro rondas acessíveis, Roger Federer abordou da melhor forma a segunda semana de Roland Garros, armadilhada com campeões do torneio. Stan Wawrinka, campeão de 2015, ficou para trás, depois de uma boa exibição do mais velho dos suíços. Segue-se “o derradeiro desafio na terra batida”, Rafael Nadal, detentor de 11 títulos em Paris. O rival espanhol lidera por 23-15 e venceu os cinco embates realizados em Roland Garros — o último dos quais, na final de 2011, na qual o suíço assinou a melhor exibição diante do rival, apesar da derrota (7-5, 7-6, 5-7, 6-1).

“Não voltei a jogar em terra batida para evitá-lo, mas esperando defrontá-lo porque a estrada para a vitória passa por ele”, frisou Federer, que ganhou os últimos cinco duelos, ainda que os dois não se enfrentem desde Outubro de 2017.

Nesta terça-feira, o suíço de 37 anos derrotou o compatriota Stan Wawrinka, por 7-6 (7/4), 4-6, 7-6 (7/5) e 6-4 para garantir a presença numa meia-final do Grand Slam pela 44.ª vez, oitava em Paris e primeira desde 2012. A história do embate com o campeão de 2015 resume-se aos 18 break-points de que Federer dispôs e Wawrinka tentou anular.

No set inicial, foram quatro as ocasiões de break desperdiçadas por Federer; no segundo set, foram três; no terceiro, e já depois de Wawrinka obter um break, Federer aproveitou, ao fim de mais de duas horas de jogo, a oitava oportunidade — pondo fim a uma série de 16 break-points salvos por Wawrinka.

No quarto set, Federer dispôs de mais quatro break-points no terceiro jogo e outro no quinto. Mas na sétima oportunidade, a 4-4 — já depois de uma paragem forçada pela chuva a 3-3 —, Federer quebrou. O campeão de 2009 ainda cometeu duas dupla-faltas, mas concluiu em 3h35m.

Nadal não viveu um bom início de época, mas desde o triunfo em Roma que os níveis de confiança voltaram a subir e já vai em 10 vitórias consecutivas. A última vítima foi Kei Nishikori que não conseguiu ganhar mais do que cinco jogos: 6-1, 6-1 e 6-3. A má notícia para Federer é que o tenista espanhol conquistou o torneio sempre que, por 11 vezes, chegou às meias-finais.

Na prova feminina, Marketa Vondrousova é a mais jovem semifinalista desde Ana Ivanovic, em 2007. A checa de 19 anos e 38.ª mundial foi a mais forte na parte final de ambos os sets disputados com Petra Martic (31.ª). No primeiro, salvou três set-points a 5-6 (0-40), iniciando uma série de 24 pontos ganhos em 27 disputados, que lhe permitiu comandar por 7-6, 3-0; no segundo, desperdiçou dois match-points a 4-5, mas na quarta oportunidade fechou com os parciais de 7-6 (7/1), 7-5.

Quando se iniciou o encontro, já se sabia que ia haver uma estreante em finais do Grand Slam, pois Johanna Konta assinou uma exibição perfeita para ultrapassar Sloane Stephens, finalista da edição 2018. A britânica de 29 anos venceu, por 6-1, 6-4, e tornou-se na primeira semifinalista de Roland Garros desde Jo Durie, em 1983.