Raramente terá Agustina explicitado e posto em fábula a sua poética — não só ficcional mas vital — como na caixinha das surpresas fulgurantes e aleatórias que é o livro Um Cão Que Sonha. Nele, autobiografia e mitologia andaram sempre a par. É mesmo essa a sua marca específica na ficção portuguesa do nosso século. Aqui, através da evocação de Maria Pascoal, jovem morta com um livro de génio à sua conta, visivelmente Agustina revisita-se. A espiral sobre si mesma quase fechada de A Sibila é uma série de espirais em volta desse destino ímpar de Maria Pascoal que numa daquelas audácias a que nos habituou, Agustina enlaça com o destino de Nausícaa, a quem atribui, nada menos para consolo de todo o feminismo cultural, a autoria da Odisseia…
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Raramente terá Agustina explicitado e posto em fábula a sua poética — não só ficcional mas vital — como na caixinha das surpresas fulgurantes e aleatórias que é o livro Um Cão Que Sonha. Nele, autobiografia e mitologia andaram sempre a par. É mesmo essa a sua marca específica na ficção portuguesa do nosso século. Aqui, através da evocação de Maria Pascoal, jovem morta com um livro de génio à sua conta, visivelmente Agustina revisita-se. A espiral sobre si mesma quase fechada de A Sibila é uma série de espirais em volta desse destino ímpar de Maria Pascoal que numa daquelas audácias a que nos habituou, Agustina enlaça com o destino de Nausícaa, a quem atribui, nada menos para consolo de todo o feminismo cultural, a autoria da Odisseia…