Casa da Música faz o Estado da Nação da criação contemporânea em Portugal

Programa decorre de 4 a 12 de Junho e inclui a estreia póstuma de uma obra de Clotilde Rosa. Clarinetista Frederic Cardoso, Quarteto de Cordas de Matosinhos e Orquestra Jazz de Matosinhos entre os convidados.

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Frederic Cardoso DR

A Casa da Música, no Porto, recebe entre esta terça-feira e o próximo dia 12 de Junho um ciclo de concertos dedicados à “música do nosso tempo e criadores portugueses”, com várias estreias mundiais e agrupamentos residentes no programa.

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A Casa da Música, no Porto, recebe entre esta terça-feira e o próximo dia 12 de Junho um ciclo de concertos dedicados à “música do nosso tempo e criadores portugueses”, com várias estreias mundiais e agrupamentos residentes no programa.

Intitulado Estado da Nação, o ciclo inclui actuações do clarinetista Frederic Cardoso, que interpreta sete obras de jovens compositores nacionais em estreia mundial, mas também da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, do Quarteto de Cordas de Matosinhos e da Orquestra Jazz de Matosinhos, principais destaques do programa.

O primeiro a subir ao palco é Frederic Cardoso, que apresenta esta terça-feira na Sala 2, às 19h30, um total de sete obras em estreia mundial num recital intitulado Diálogo a Preto e Branco. Luís Neto da Costa, Bernardo Lima, Rúben Borges, Carlos Brito Dias, André Rodrigues, Rodrigo Cardoso e João Ferreira serão os compositores abordados no programa.

No dia 8 (18h), a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música toca um programa intitulado Portugal Hoje, com a violinista ucraniana Tamila Kharambura e o pianista britânico Jonathan Ayerst. O destaque vai para a estreia mundial, a título póstumo, do Concerto para piano e orquestra, de Clotilde Rosa (1930-2017), antecedido de Scherzi, uma encomenda da Casa da Música a Pedro Amaral, e eo Concerto para violino e orquestra, de António Pinho Vargas.

A música de câmara caberá ao Quarteto de Cordas de Matosinhos, que no dia 11 (19h30) interpreta Monodia quasi un requiem, de António Pinho Vargas, o primeiro Quarteto de cordas de António Chagas Rosa e Monumentum, de Nuno Côrte-Real.

O ciclo encerra no dia 12 (21h), com a Orquestra Jazz de Matosinhos a tocar, desta vez na Sala Suggia, uma série de oito obras encomendadas especificamente para o agrupamento, entre elas duas estreias: Fragmentos, Interlúdio e Canção IX, de Daniel Bernardes, e 8 de Maio, de Paulo Gomes.

O resto do programa, marcado pelo reportório para big band e navegando entre a clássica e o jazz, inclui peças de Paulo Perfeito, Telmo Marques, Mário Laginha, Carlos Guedes, Pedro Moreira e Zé Eduardo.

Além dos quatro principais concertos, o programa abarca outros momentos da programação habitual da Casa da Música que incluem compositores nacionais, num esforço “muito importante”, considera Frederic Cardoso.

“A música contemporânea portuguesa está com muita vida, e é muito importante promovê-la e promover os jovens compositores, que muitas vezes não têm assim tantas oportunidades, ainda para mais num espaço tão emblemático”, acrescenta o clarinetista.