Equipa de Cuidados Paliativos Pediátricos no hospital de Leiria
Para o director do Serviço de Pediatria do hospital de Leiria, Bilhota Xavier, “esta nova valência pode potenciar uma vida melhor para as crianças e adolescentes doentes e prestar mais apoio às suas famílias e cuidadores”.
Uma equipa intra-hospitalar de suporte em cuidados paliativos pediátricos entra em funcionamento este mês no Centro Hospitalar de Leiria (CHL), anunciou esta unidade de saúde. Numa nota de imprensa, o CHL explicou que a equipa será constituída por um médico, três enfermeiros, um técnico de serviço social e um psicólogo clínico.
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Uma equipa intra-hospitalar de suporte em cuidados paliativos pediátricos entra em funcionamento este mês no Centro Hospitalar de Leiria (CHL), anunciou esta unidade de saúde. Numa nota de imprensa, o CHL explicou que a equipa será constituída por um médico, três enfermeiros, um técnico de serviço social e um psicólogo clínico.
O objectivo, refere a nota, é promover a melhoria da qualidade de vida dos doentes com doença crónica complexa e apoio aos seus familiares e/ou cuidadores informais.
O director do Serviço de Pediatria do CHL, Bilhota Xavier, acredita que “esta nova valência pode potenciar uma vida melhor para as crianças e adolescentes doentes, e prestar mais apoio às suas famílias e cuidadores”. Citado na nota, o pediatra considera “fundamental acompanhar estes casos de uma forma profissional, multidisciplinar e humana, não descurando as necessidades, desejos e preferências da criança e família”.
Esta equipa irá actuar desde o diagnóstico ou reconhecimento da situação, durante toda a vida da criança/adolescente e quando acontece, o que não é inevitável, para além do óbito. “O trabalho abrange as componentes físicas, emocionais, sociais e espirituais, focando-se na melhoria da qualidade de vida da criança/jovem e suporte à sua família. Inclui ainda o controlo de sintomas, a provisão de períodos de descanso dos cuidadores e o acompanhamento na fase terminal e luto”, informa ainda o hospital.
Sempre que um recém-nascido, criança ou jovem doente é identificado como portador de uma doença crónica complexa, deve ser referenciado a esta equipa de cuidados paliativos, para que sejam avaliadas as suas necessidades e as da família, desejos e preferências, incluindo internamento no domicílio.
Serão elegíveis as doenças que “colocam a vida em risco para as quais existem tratamentos curativos, mas que podem não ser eficazes”, assim como “doenças em que a morte prematura é inevitável, mas nas quais podem existir longos períodos de tratamento intensivo”. Também terão acompanhamento doentes com patologias “progressivas sem opções terapêuticas curativas” ou com “doenças irreversíveis não progressivas que causam incapacidades graves, levando a maior morbilidade e probabilidade de morte prematura”.
Os cuidados paliativos pediátricos são integrados na prestação de cuidados de saúde numa articulação entre os cuidados hospitalares, cuidados primários e a comunidade, que se coordenam e complementam entre si. A equipa intra-hospitalar de suporte a cuidados paliativos pediátricos poderá ter o apoio de profissionais de outras áreas, como medicina física e reabilitação, nutrição/dietética, se for necessário.