Operação Teia: presidente do IPO sai em liberdade com caução de 20 mil euros

O Ministério Público pediu este sábado a prisão preventiva para Joaquim Couto e Manuela Couto e prisão domiciliária para Miguel Costa Gomes, presidente da Câmara de Barcelos.

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nelson garrido

O presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, José Laranja Pontes, detido na quarta-feira, no âmbito da Operação Teia, saiu esta tarde em liberdade, pelas 20h20, do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, mas vai ter de pagar uma caução de 20 mil euros, informou fonte judicial. Em declarações a partir do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, o presidente do IPO, que desde este sábado é um homem reformado, emocionou-se ao falar do “enxovalho” de que disse ter sido vítima a sua filha, actual chefe de gabinete na Câmara de Matosinhos.

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O presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto, José Laranja Pontes, detido na quarta-feira, no âmbito da Operação Teia, saiu esta tarde em liberdade, pelas 20h20, do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, mas vai ter de pagar uma caução de 20 mil euros, informou fonte judicial. Em declarações a partir do Tribunal de Instrução Criminal do Porto, o presidente do IPO, que desde este sábado é um homem reformado, emocionou-se ao falar do “enxovalho” de que disse ter sido vítima a sua filha, actual chefe de gabinete na Câmara de Matosinhos.

Segundo fonte judicial, o “Ministério Público pediu a suspensão das funções, a proibição de contactos com outros arguidos e funcionários do IPO e uma caução carcerária de 20 mil euros, o que foi aceite pela defesa”.

“Enxovalharam-me a mim e à minha filha. E ao IPO”, declarou à saída. “Neste momento estou a sair em liberdade. Acho que é o mais importante”, acrescentou, antes de detalhar que iria regressar na segunda-feira ao tribunal. “Fui restituído à liberdade e as medidas de coação serão conhecidas na próxima segunda-feira”, acrescentou o arguido que saiu do TIC pelo próprio pé, acompanhado pelo advogado Pedro Ávila, no final do dia em que esteve a ser interrogado cerca de quatro horas.

MP pede prisão preventiva para casal Couto e domiciliária para Miguel Costa Gomes

O Ministério Público pediu este sábado a prisão preventiva para Joaquim Couto e Manuela Couto, arguidos do processo Teia, que corre no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, informou fonte judicial.

O presidente da Câmara de Santo Tirso e a mulher, a empresária Manuela Couto, são os principais visados pelo procurador, que pede ainda a prisão domiciliária com pulseira electrónica para Miguel Costa Gomes, presidente da Câmara de Barcelos.

As defesas vão contestar a partir das 21h30. O anúncio das medidas de coação será na segunda-feira às 14h.

O anúncio coincidiu com a libertação do presidente do IPO do Porto, Laranja Pontes, cerca das 20h20 tendo, contudo, de pagar uma caução de 20 mil euros, informou a mesma fonte.

Operação Teia centra-se nas autarquias de Santo Tirso e Barcelos, bem como no IPO do Porto, e investiga suspeitas de corrupção, tráfico de influência e participação económica em negócio, traduzidas na “viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste directo”, segundo comunicado da Directoria do Norte da Polícia Judiciária, o órgão de polícia criminal que apoia o Ministério Público neste caso.

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Detidos pela Polícia Judiciária na quarta-feira, no âmbito desta operação, foram os presidentes das câmara de Barcelos, Miguel Costa Gomes, e de Santo Tirso, Joaquim Couto, o presidente do IPO/Porto, Laranja Pontes, e a empresária Manuela Couto, mulher de Joaquim Couto, administradora da W Global Communication, que já tinha sido constituída arguida em Outubro, no âmbito da operação Éter, relacionada com o Turismo do Norte.