Madrid garante o “best seller” de Jürgen Klopp em Liverpool
Com um golo a abrir o jogo e outro a fechar, os “reds” derrotaram, no Wanda Metropolitano, o Tottenham e conquistaram pela sexta vez a Liga dos Campeões.
Jogar seis finais e perdê-las todas em quatro épocas como treinador de um clube seria motivo mais do que razoável para qualquer comum mortal se prover de uma boa dose de ansiolíticos para um sétimo jogo decisivo. Mas Jürgen Klopp não é um homem comum. Na véspera de marcar presença pela terceira vez numa final da Liga dos Campeões, o alemão brincou com o seu destino - “devo ser o recordista mundial a ganhar meias-finais” - e admitiu um currículo pouco cativante - “se escrevesse um livro sobre isso, provavelmente ninguém comprava”. A história do técnico alemão do Liverpool, no entanto, mudou em Madrid: com uma vitória por 2-0 frente ao Tottenham, os “reds” conquistaram pela sexta vez a Champions e garantiram o “best seller” de Jürgen Klopp em Liverpool.
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Jogar seis finais e perdê-las todas em quatro épocas como treinador de um clube seria motivo mais do que razoável para qualquer comum mortal se prover de uma boa dose de ansiolíticos para um sétimo jogo decisivo. Mas Jürgen Klopp não é um homem comum. Na véspera de marcar presença pela terceira vez numa final da Liga dos Campeões, o alemão brincou com o seu destino - “devo ser o recordista mundial a ganhar meias-finais” - e admitiu um currículo pouco cativante - “se escrevesse um livro sobre isso, provavelmente ninguém comprava”. A história do técnico alemão do Liverpool, no entanto, mudou em Madrid: com uma vitória por 2-0 frente ao Tottenham, os “reds” conquistaram pela sexta vez a Champions e garantiram o “best seller” de Jürgen Klopp em Liverpool.
1977, 1978, 1981, 1984, 2005 e 2019. Catorze anos depois de, numa final memorável frente ao AC Milan, vencer pela quinta vez a mais importante competição de clubes da UEFA, o Liverpool voltou a conquistar a Europa e tornou-se no terceiro clube com mais vitórias na Liga dos Campeões, apenas superado pelo Real Madrid (13) e AC Milan (7). Porém, ao contrário do que tinha acontecido no duelo de Istambul contra os milaneses, a conquista da sexta do Liverpool não será recordada pela excelência do futebol.
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Nos dias que antecederam o jogo mais ambicionado do ano por qualquer jogador, a dúvida era saber se Liverpool e Tottenham entrariam no Wanda Metropolitano com as suas principais referências do ataque, mas Jürgen Klopp e Mauricio Pochettino tiveram o privilégio de apresentar os melhores: Firmino voltou após uma paragem de um mês; Harry Kane voltou a capitanear os “spurs” depois de 54 dias sem competir. O brasileiro e o inglês passaram ao lado do jogo e contribuíram para um espectáculo insípido de Madrid.
Porém, o início do 171.º confronto entre Liverpool e Tottenham dificilmente podia ter sido mais prometedor: ao fim de apenas 22 segundos, Mané cruzou e a bola, após embater no peito de Sissoko, ressaltou para o braço do internacional francês. Na primeira decisão da partida, o esloveno Damir Skomina apontou para a marca de grande penalidade e Salah aproveitou para tornar-se no primeiro africano a marcar com sucesso um penálti na competição.
Com o início louco do duelo inglês entre o City e o Tottenham nos “quartos” ainda fresco na memória - 2-2 ao fim de 11 minutos -, o golo madrugador de Salah parecia ser o aperitivo para mais um banquete de bom futebol com sotaque british, mas só na última meia hora houve condimentos do melhor da Premier League.
Na primeira parte, após o golo de Salah, apenas por mais uma vez se viu um remate na direcção da baliza (Robertson, aos 38’, obrigou Lloris a uma defesa difícil) e, apesar da supremacia na posse de bola (65%), os “spurs” foram para o intervalo sem criarem problemas a Alisson.
Os primeiros momentos da segunda parte não pareciam trazer novidades. Os londrinos continuavam com o domínio aparente, mas o Liverpool ameaçava mais. Até que Pochettino, perante a inépcia da sua equipa, arriscou. Aos 66’, o técnico argentino lançou Lucas Moura, o herói do apuramento dos “spurs” para a final ao apontar um hat-trick nas “meias” em Amesterdão, e com o internacional brasileiro em campo o Tottenham conseguiu, finalmente, encostar o Liverpool às cordas, mas Alisson manteve sempre os “reds” de pé.
No tudo ou nada do Tottenham na parte final, o guarda-redes brasileiro esteve irrepreensível com um par de excelentes defesas e, do outro lado, já estava Origi: depois de bisar na épica reviravolta do Liverpool contra o Barcelona, o belga entrou aos 58’ para o lugar de Firmino e, meia hora depois, acabou com a resistência dos “spurs” com um remate cruzado sem hipóteses para Lloris.
Na sétima final, Madrid garantia o “best seller” para a história de Jürgen Klopp em Liverpool.