A coragem do cidadão Manuel Morais

Manuel Morais diz que vai continuar a defender os ideais em que acredita. Para bem de todos, esperemos que não o vá fazer sozinho. Por isso escrevo esta crónica.

Manuel Morais é exatamente o tipo de cidadão de que precisamos. Ele é polícia, é (ou melhor, era) sindicalista, e é antropólogo. E no cruzamento entre essas três atividades escreveu uma tese de mestrado sobre policiamento em “zonas urbanas sensíveis”. A vontade de produzir conhecimento consistente sobre um dos temas sociais e políticos que se acha mais impregnado pelo “achismo” já é de si louvável. Mais louvável ainda é a coragem de dizer algumas verdades de forma clara: numa entrevista ao DN de há um ano, e numa entrevista à SIC de há algumas semanas, Manuel Morais alertou para o facto de existirem polícias racistas e com adesão, pelo menos, à simbologia da extrema-direita, e acusou as autoridades policiais de nada fazerem perante tal facto. E confirmou que há racismo e preconceito racial na polícia, como aliás há na sociedade em geral.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Manuel Morais é exatamente o tipo de cidadão de que precisamos. Ele é polícia, é (ou melhor, era) sindicalista, e é antropólogo. E no cruzamento entre essas três atividades escreveu uma tese de mestrado sobre policiamento em “zonas urbanas sensíveis”. A vontade de produzir conhecimento consistente sobre um dos temas sociais e políticos que se acha mais impregnado pelo “achismo” já é de si louvável. Mais louvável ainda é a coragem de dizer algumas verdades de forma clara: numa entrevista ao DN de há um ano, e numa entrevista à SIC de há algumas semanas, Manuel Morais alertou para o facto de existirem polícias racistas e com adesão, pelo menos, à simbologia da extrema-direita, e acusou as autoridades policiais de nada fazerem perante tal facto. E confirmou que há racismo e preconceito racial na polícia, como aliás há na sociedade em geral.