Assunção Cristas faz apelo à unidade no CDS para as legislativas de Outubro
Esta quinta-feira, o presidente da comissão política do CDS de Ovar renunciou ao cargo em protesto contra a manutenção de Assunção Cristas na liderança do partido após a derrota nas europeias.
A presidente do CDS-PP fez esta quinta-feira, no Conselho Nacional do partido, uma análise aos resultados das europeias e um apelo à unidade interna para as legislativas de Outubro, disseram à Lusa fontes partidárias.
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A presidente do CDS-PP fez esta quinta-feira, no Conselho Nacional do partido, uma análise aos resultados das europeias e um apelo à unidade interna para as legislativas de Outubro, disseram à Lusa fontes partidárias.
Assunção Cristas fez a intervenção de abertura na reunião desta quinta-feira à noite, na sede nacional do partido, em Lisboa, a primeira desde as europeias de domingo, em que o CDS ficou em quinto lugar, elegeu um eurodeputado e falhou o objectivo de eleger um segundo representante no Parlamento Europeu.
De acordo com dirigentes presentes na reunião, a líder centrista fez um discurso à unidade interna no partido para as eleições legislativas, marcadas para 6 de Outubro.
Uma primeira consequência das eleições surgiu esta quinta-feira com a notícia da demissão do presidente da comissão política do CDS de Ovar por discordar da manutenção de Assunção Cristas na liderança do partido após o resultado nas eleições europeias.
O resultado nas europeias levou dirigentes como Filipe Lobo d'Ávila, do grupo “Juntos pelo Futuro” e que apresentou uma lista ao Conselho Nacional no último congresso do partido, e Abel Matos Santos, da Tendência Esperança e Movimento (TEM), a criticar a estratégia seguida pela direcção.
À Lusa, na segunda-feira, dia seguinte às eleições, Lobo d'Ávila disse mesmo estar em choque com o resultado, mas não pôs em causa a liderança de Assunção Cristas, e é hoje um dos dirigentes presentes no Conselho Nacional que ainda decorria cerca das 23h.
O PS venceu as eleições para o Parlamento Europeu de domingo, com 33,38%, elegendo nove dos 21 deputados, 11 pontos percentuais à frente do PSD, (21,9% e seis eurodeputados), seguindo-se o Bloco de Esquerda com 9,8% e a CDU com 6,8%, ambos com dois eleitos.
O CDS ficou em quinto lugar, reelegeu Nuno Melo, com 6,2% dos votos, à frente do PAN, com 5,08%, que pela primeira vez terá um deputado no Parlamento Europeu.