À volta da Torre Eiffel vai nascer “o maior jardim de Paris”
Um moderno “passeio público” com novo parque urbano no coração da cidade e melhores serviços turísticos no monumento. Para estrear a tempo das Olímpiadas de 2024.
O que pode ser melhor do que uma Torre Eiffel? Uma Torre Eiffel a mirar-se num espelho de água. Ainda mais se esse for parte de um novo parque que pretende transformar esta zona, possivelmente a mais visitada de Paris (cerca de 30 milhões, com sete milhões a subirem à torre), no novo pulmão verde da cidade. Numa espécie de jardim de Versalhes modernos, atrevemo-nos, se atentarmos nas palavras da arquitecta responsável pelo projecto, Kathryn Gustafson, que recordou os seus dias de estudante em Paris, quando todos os dias passava pela torre a caminho “de uma escola onde imergia nas grandes paisagens históricas de Versalhes”. “A Torre Eiffel recorda-me que património significa deixar algo melhor para as próximas gerações. A nossa proposta conjuga a celebração da história com o enriquecimento do futuro”, afirmou. "Será o maior jardim de Paris”, garante.
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O que pode ser melhor do que uma Torre Eiffel? Uma Torre Eiffel a mirar-se num espelho de água. Ainda mais se esse for parte de um novo parque que pretende transformar esta zona, possivelmente a mais visitada de Paris (cerca de 30 milhões, com sete milhões a subirem à torre), no novo pulmão verde da cidade. Numa espécie de jardim de Versalhes modernos, atrevemo-nos, se atentarmos nas palavras da arquitecta responsável pelo projecto, Kathryn Gustafson, que recordou os seus dias de estudante em Paris, quando todos os dias passava pela torre a caminho “de uma escola onde imergia nas grandes paisagens históricas de Versalhes”. “A Torre Eiffel recorda-me que património significa deixar algo melhor para as próximas gerações. A nossa proposta conjuga a celebração da história com o enriquecimento do futuro”, afirmou. "Será o maior jardim de Paris”, garante.
E, então, mais relva, mais árvores, várias fontes e o tal espelho de água: esta será a nova paisagem do monumento do século XIX, esta será a herança do século XXI. Juntamente com uma série de valências que tornarão mais confortável a visita – como bilheteiras, quiosques, espaços para malas – mas ficarão debaixo de terra.
Longe da vista, portanto, para libertar a vista do novo “corredor” (1,6 quilómetros de comprimento) que vai ligar o Jardim do Trocadéro à Escola Militar (de caminho tornando a Ponte de Iéna pedonal, com excepção de transportes públicos e de emergência) e dar-lhe uma nova perspectiva. Visual – sublinhando a “unidade, continuidade e diversidade” deste “espaço urbano complexo; e ambiental – abrindo o espaço apenas a peões (e bicicletas, trotinetas e afins) e desenvolvendo o entorno natural para, desse modo, ir ao encontro do Acordo de Paris sobre o clima.
Estas são algumas das declarações de princípios do projecto vencedor (da firma londrina Gustafson, Porter and Bowman) do concurso lançado pela autarquia parisiense em 2018 para criar um novo parque urbano no coração de Paris e dotar a Torre Eiffel dos melhores serviços turísticos.
O vencedor foi conhecido agora e a conclusão das obras (orçadas em 72 milhões de euros inteiramente financiados inteiramente pela venda de bilhetes para a torre) está prevista para 2024, o mesmo ano em que a capital francesa receberá os Jogos Olímpicos.
“Estou horrorizada com o estado dos lugares, que não Je suis horrifiée par l’état des lieux qui ne sont pas adaptés aux flux de promeneurs et de visiteurs. Il faut tout repenser », affirme-t-elle. Son ambition se définit alors en une phrase « ce sera le plus grand jardin de Paris ». Et pour y arriver, rien de plus facile qu’une seule ligne verte sur 1,6 km de long.
Espera-se que nessa altura Paris seja “uma cidade “onde se possa largar a mão das crianças”, como deseja a presidente da câmara de Paris, Anne Hidalgo, e que a Torre Eiffel e arredores se tenham tornado um “verdadeiro lugar de passeio e de estar, sobretudo ao fim-de-semana, para as famílias”. Uma espécie de moderno “passeio público”.