Pais criticam falta de antecedência na marcação do início das aulas
Só no final do ano lectivo, em Julho, é que o Ministério divulga a data em que as aulas recomeçam.
Os pais continuam sem saber quando começam as aulas no próximo ano lectivo e criticam os sucessivos Ministérios da Educação por não definirem nem anunciarem essas decisões com muito mais antecedência.
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Os pais continuam sem saber quando começam as aulas no próximo ano lectivo e criticam os sucessivos Ministérios da Educação por não definirem nem anunciarem essas decisões com muito mais antecedência.
O início e fim das aulas, assim como as férias do Natal, Páscoa e Carnaval são definidos anualmente pelo Despacho de Organização do Ano Letivo (DOAL).
Há já vários anos que o diploma só é publicado no final do ano lectivo, em Julho.
Em declarações à Lusa, vários encarregados de educação queixaram-se por não saberem quando começam as aulas, o que tem implicações nas férias e na marcação de Actividades de Tempos Livres (ATL).
“O ideal era que fosse publicado um ano antes”, disse à Lusa o presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), Jorge Ascensão, sublinhando, no entanto, que à confederação ainda não chegou nenhuma queixa.
Jorge Ascensão lembrou que os trabalhadores têm de marcar férias até ao final de Fevereiro e que seria muito mais fácil se as famílias tivessem conhecimento das datas das aulas nessa altura.
“Gostam de encher a boca com a conciliação da vida familiar e profissional, mas depois na prática isso não acontece”, criticou.
No entanto, o representante dos pais lembrou que o arranque do ano lectivo não tem variado muito, sendo “algures por volta do dia 15 de Setembro”.
Também o representante dos directores escolares, Filinto Lima, sublinhou que “não costuma haver grandes alterações de ano para ano”, lembrando que as aulas começam, normalmente, “na segunda semana de Setembro”.
O presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP) lembrou que o calendário escolar está sempre “refém da Páscoa” e que por isso não pode ser programado com muito mais antecedência.
A Lusa contactou o gabinete do Ministério da Educação, mas ainda não obteve resposta.