Guterres admite “dia especial” em Aachen, com “esperança” num mundo melhor

O secretário-geral das Nações Unidas recebeu esta quinta-feira o Prémio Carlos Magno. No discurso, apelou à defesa do modelo europeu de sociedade, pluralismo, tolerância e diálogo.

Foto
A cerimónia decorreu esta manhã em Aachen, Alemanha EPA/SASCHA STEINBACH

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, admitiu que viveu hoje “um dia especial” em Aachen, onde recebeu o Prémio Carlos Magno, e disse sentir reforçada a esperança de que a Europa possa contribuir para um mundo melhor.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, admitiu que viveu hoje “um dia especial” em Aachen, onde recebeu o Prémio Carlos Magno, e disse sentir reforçada a esperança de que a Europa possa contribuir para um mundo melhor.

“Com certeza que é um dia especial. Não é todos os dias que temos a oportunidade de estar numa cidade com 12 séculos de história e de sentir aqui tão profundamente a herança europeia, que nos dá a esperança de que a Europa possa ser melhor no futuro e ajudar a construir o mundo de que precisamos”, declarou, enquanto era saudado pelos populares à saída da Câmara de Aachen, onde recebeu o galardão.

No seu discurso após receber o prestigiado prémio internacional pela sua defesa do modelo europeu de sociedade, do pluralismo, tolerância e diálogo, Guterres apelou à Europa que defenda com mais vigor o multilateralismo, actualmente “debaixo de fogo”, garantindo que, pela sua parte, continuará a defender de forma apaixonada o pluralismo e a tolerância.

O secretário-geral das Nações Unidas insistiu na necessidade imperiosa de uma agenda multilateral “nestes tempos de grande ansiedade e desordem geopolítica” e argumentou que a União Europeia tem uma responsabilidade acrescida na sua defesa, até por ser “pioneira, mas também um posto avançado do multilateralismo e o primado do direito”, valores cada vez mais postos em causa nos dias de hoje.

“Como secretário-geral das Nações Unidas, nunca senti tão claramente a necessidade de uma Europa forte e unida”, disse.