João Lourenço chamou Samakuva para discutir o caso Savimbi

Presidente de Angola enviou um avião ao Huambo para trazer o líder da UNITA a Luanda. Audiência marcada para as 15h visa desbloquear a questão dos restos mortais do fundador do partido.

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Isaías Samakuva escreveu uma carta a João Lourenço na quarta-feira MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

O Presidente angolano reagiu à carta enviada na quarta-feira pelo líder da UNITA, enviando um avião ao Huambo para trazer Isaías Samakuva e a sua comitiva a Luanda para uma audiência, marcada para começar às 15h desta quinta-feira, aparentemente para desbloquear a questão do enterro dos restos mortais de Jonas Savimbi no próximo sábado, conforme programado.

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O Presidente angolano reagiu à carta enviada na quarta-feira pelo líder da UNITA, enviando um avião ao Huambo para trazer Isaías Samakuva e a sua comitiva a Luanda para uma audiência, marcada para começar às 15h desta quinta-feira, aparentemente para desbloquear a questão do enterro dos restos mortais de Jonas Savimbi no próximo sábado, conforme programado.

A notícia foi avançada ao PÚBLICO por Adalberto da Costa Júnior, chefe da bancada parlamentar da UNITA. “O Presidente da República de certeza que está a ver os danos à sua reputação e à sua própria imagem e hoje [quinta-feira] de manhã enviou um avião ao Huambo para levar o presidente da UNITA a Luanda para uma audiência”, adiantou.

A decisão de João Lourenço veio na sequência de uma carta enviada ao Presidente angolano na quarta-feira por Isaías Samakuva a dar conta dos “aspectos mais negativos do processo”, nomeadamente que tinha ficado acordado na comissão tripartida (Governo-UNITA-família) que a urna seria entregue no Luena, onde o corpo estava enterrado desde a morte do fundador da UNITA a 22 de Fevereiro de 2002.

“Quem testemunhou a exumação também deveria testemunhar a abertura da urna, que foi selada na altura da exumação, mas, infelizmente, o Governo fez isso sozinho”, lembrou Adalberto da Costa Júnior. Já para não falar no facto de Pedro Sebastião, ministro do Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, que representa o executivo na comissão, não ter entregue depois a urna no Cuíto, como tinha ficado de fazer a seguir, antes a levando para um regimento militar no Andulo, “numa falta de respeito sem limites”.

Depois de termos acompanhado as versões do chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, o general Pedro Sebastião, que deixaram toda a gente escandalizada no país, fica uma preocupação, porque ninguém acredita que seja uma iniciativa de sua total responsabilidade”, diz o deputado da UNITA.