Nas Filipinas, os estudantes não passam de ano sem plantar dez árvores

O Parlamento das Filipinas aprovou uma lei que obriga todos os estudantes do ensino básico, secundário e universitário a plantarem árvores em zonas seleccionadas antes de se formarem.

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Chris Abney/Unsplash

Quer estejam no último ano da universidade ou a terminar os estudos no ensino secundário, os estudantes filipinos não vão poder pôr um ponto final no seu percurso académico se não plantarem, pelo menos, dez árvores.

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Quer estejam no último ano da universidade ou a terminar os estudos no ensino secundário, os estudantes filipinos não vão poder pôr um ponto final no seu percurso académico se não plantarem, pelo menos, dez árvores.

A decisão foi do Parlamento das Filipinas, que esta semana aprovou uma lei que obriga todos os estudantes do ensino básico, secundário e universitário a darem a sua contribuição para o ambiente antes de se formarem. Se as regras forem seguidas à risca, uma só geração pode plantar 525 milhões de árvores. A lei, também chamada Graduation Legacy for the Environment Act pretende combater as mudanças climáticas globais e apenas formaliza o que já era uma tradição no país.

Ao canal CNN das Filipinas, o principal autor da proposta, Gary Alejano, refere que os 12 milhões de alunos que terminam o seu percurso no ensino básico, os quase cinco milhões do ensino secundário e os quase 500 mil que se licenciam anualmente, podem garantir, em apenas um ano, a plantação de 175 milhões de novas árvores.

“Mesmo com uma taxa de sobrevivência de apenas 10%, a medida traduz-se na plantação de 525 milhões de árvores, que estariam disponíveis para os jovens admirarem quando assumirem a liderança no futuro”, refere o político.

De acordo com o canal daquele país, as árvores serão plantadas principalmente em zonas florestais, áreas protegidas, zonas urbanas seleccionadas, áreas militares e zonas de mineração abandonadas. As espécies seleccionadas para plantação serão escolhidas tendo em conta o clima e a topografia da zona, dando também prioridade a espécies nativas das Filipinas. 

Além do impacto imediato de absorção de carbono pelas árvores plantadas, espera-se que a nova lei ajude as gerações futuras a compreender as alterações ambientais e a incentivá-las a apostar em iniciativas ecológicas no país.

As Filipinas chegaram a ter 16 milhões de hectares de florestas, mas actualmente são um dos países mais afectados pela desflorestação. Neste país, vítima da exploração ilegal, o corte de árvores excessivo é apontado como a causa de inundações, graves faltas de água, erosão do solo e aluimentos de terras.