Morreu o último rinoceronte-de-samatra macho da Malásia
Era o último rinoceronte-de-samatra a viver na Malásia e morreu de velhice — dificultando a tentativa de preservar a espécie. Estima-se que apenas restem entre 30 a 80 destes animais em todo o mundo.
Tam era o último rinoceronte-de-samatra macho a viver na Malásia. Morreu esta segunda-feira, aos 30 anos, deixando Iman, a última fêmea e membro da subespécie no país, sozinha — e dificultando a conservação da espécie no país.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Tam era o último rinoceronte-de-samatra macho a viver na Malásia. Morreu esta segunda-feira, aos 30 anos, deixando Iman, a última fêmea e membro da subespécie no país, sozinha — e dificultando a conservação da espécie no país.
O rinoceronte vivia em cativeiro desde 2008, aos cuidados da Borneo Rhino Alliance, que tentava dar continuidade à espécie através da fertilização in vitro. O animal, diz a organização no site, terá morrido de velhice. O número de rinocerontes-de-samatra tem vindo a diminuir desde há 900 mil anos e estima-se que actualmente, em todo o mundo, existam apenas 30 a 80 destes animais, na ilha de Sumatra e na parte indonésia da Ilha de Bornéu.
A perda de habitat e a caça furtiva foram os principais motivos para a extinção da espécie, que se prevê que aconteça totalmente dentro de algumas décadas, de acordo com a Fundação Internacional de Rinocerontes. Mas ainda pode haver esperança: Christina Liew, ministra do Turismo, Cultura e Ambiente da Malásia, disse, citada pela Reuters, que o material genético de Tam foi preservado para futuras tentativas de reprodução.
Os rinocerontes-de-samatra são os mais pequenos e vivem, normalmente, entre 35 a 40 anos. Fora do Sudeste asiático, o Zoológico de Cincinnati, nos Estados Unidos, é o único a manter alguns destes animais e tem um programa de reprodução em cativeiro que, em 2001, fez nascer o primeiro rinoceronte-de-samatra em cativeiro.