Portugal derrotado pela Argentina no Mundial sub-20

No segundo jogo do Grupo F da competição, a selecção portuguesa foi superior durante quase toda a partida, mas a eficácia dos argentinos fez a diferença.

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A qualificação para os oitavos-de-final da 22.ª edição do Mundial sub-20 continua a ser acessível para Portugal — os quatro melhores 3.ºs classificados dos seis grupos serão apurados —, mas ao segundo jogo na Polónia, a selecção portuguesa perdeu por 2-0 e revelou debilidades que serão fatais numa fase mais adiantada da competição.

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A qualificação para os oitavos-de-final da 22.ª edição do Mundial sub-20 continua a ser acessível para Portugal — os quatro melhores 3.ºs classificados dos seis grupos serão apurados —, mas ao segundo jogo na Polónia, a selecção portuguesa perdeu por 2-0 e revelou debilidades que serão fatais numa fase mais adiantada da competição.

Em Bielsko-Biala, contra a Argentina, Portugal teve quase sempre o controlo do jogo e beneficiou das melhores oportunidades, mas as jogadas perderam-se, constantemente, no excesso de individualismo português e os argentinos responderam com eficácia: nos três primeiros remates, a Argentina fez dois golos e acertou uma vez no poste. Com a derrota, Portugal vai ter que esperar pela última jornada para garantir a qualificação.

A vitória contra a Coreia do Sul, no jogo de estreia, dava a Portugal alguma tranquilidade para o confronto com outro dos favoritos a vencer o Mundial sub-20 e Hélio Sousa repetiu contra a Argentina a fórmula usada frente aos asiáticos. Com a equipa desenhada em 4x3x3, o seleccionador português voltou a apostar num trio de meio-campo formado por Florentino, Gedson e Miguel Luís, enquanto no ataque surgiam nos extremos Jota e Trincão, com Rafael Leão na zona central.

No entanto, do outro lado, os argentinos mostraram ter a equipa portuguesa bem estudada e um jogador muito acima da média: o pequeno Ezequiel Barco foi sempre um enorme problema para os portugueses.

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Comandados por Barco, os argentinos tiveram ascendente nos primeiros 15 minutos, mas nunca conseguiram incomodar João Virgínia e aos poucos a bola passou a circular quase sempre entre os pés portugueses.

Só que, no melhor período de Portugal, a Argentina marcou: após um pontapé de baliza dos argentinos, Álvarez foi mais forte fisicamente do que Vinagre e assistiu Adolfo Gaich que, com um remate colocado, inaugurou o marcador. Nos últimos 45 minutos a superioridade portuguesa foi ainda mais óbvia, mas as várias oportunidades criadas por Portugal perderam-se quase sempre pelo excesso de individualismo e a Argentina rematou o jogo com eficácia: após marcar no primeiro remate e acertar no poste de Virgínia no segundo, os sul-americanos fizeram o segundo golo por Pérez, aos 84’, no terceiro remate argentino no jogo.

Na outra partida do grupo, a Coreia do Sul derrotou a África do Sul, por 1-0, resultado que obriga Portugal a vencer os africanos na próxima sexta-feira para garantir o apuramento sem depender de terceiros. No final, Hélio Sousa admitiu que Portugal não teve “competência nas situações de finalização para expressar a superioridade”. Apesar de ter elogiado a “entrega extraordinária e enorme qualidade” dos portugueses “contra um adversário que tem jogadores de dimensão muito boa”, o técnico admitiu que o desaire deixa marcas: “Estamos desiludidos e frustrados por não termos conseguido o resultado que queríamos, mas faz parte. As derrotas doem, moem, mas a diferença vê-se na forma como saímos delas.”