“Vice” do PSD assume “grande derrota” do partido
Críticos de Assunção Cristas responsabilizam a líder do CDS-PP por “resultado catastrófico”
O vice-presidente do PSD Salvador Malheiro assumiu que o PSD teve uma “grande derrota”. Numa nota publicada nas redes sociais, nesta segunda-feira de manhã, Salvador Malheiro refere que “a vida é feita de altos e baixos” e de “vitórias e derrotas”. “Ontem, foi o dia de uma grande derrota. O povo é quem mais ordena”, escreveu, felicitando os vencedores das europeias. Para já, os críticos de Rui Rio mantêm o silêncio sobre o resultado do PSD.
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O vice-presidente do PSD Salvador Malheiro assumiu que o PSD teve uma “grande derrota”. Numa nota publicada nas redes sociais, nesta segunda-feira de manhã, Salvador Malheiro refere que “a vida é feita de altos e baixos” e de “vitórias e derrotas”. “Ontem, foi o dia de uma grande derrota. O povo é quem mais ordena”, escreveu, felicitando os vencedores das europeias. Para já, os críticos de Rui Rio mantêm o silêncio sobre o resultado do PSD.
Sem nunca usar a palavra derrota, Rui Rio reconheceu na noite deste domingo que o PSD “não atingiu os objectivos pretendidos”, que passavam por aumentar a votação do partido e aumentar o número de eurodeputados no Parlamento Europeu.
Na distrital de Aveiro, que é liderada por Salvador Malheiro, o PSD ficou um pouco atrás do PS ao conquistar apenas 27,9% dos votos face aos 31,2% obtidos pelos socialistas. Em Ovar, câmara que é governada por Salvador Malheiro, o PSD perdeu em todas as freguesias.
Oposição no CDS exige “reflexão”
No CDS, já se ouvem vozes a pedir uma reflexão do partido sobre os resultados destas europeias que relegaram o partido a quinta força política. Raul Almeida, porta-voz da lista alternativa à de Assunção Cristas ao Conselho Nacional, exige que o CDS faça uma “reflexão profunda e consequente”, que pense o seu “papel na política e na direita” e que “promova a capacidade de o CDS se reconciliar com o país”.
Em declarações ao PÚBLICO, o ex-deputado não pede a cabeça da líder do partido, mas não poupa críticas. “O que a Assunção Cristas tem feito ao longo de três anos com o apoio da sua direcção traduziu-se num resultado catastrófico para o CDS — a passagem para o último lugar dos partidos tradicionais e a deixar de ambicionar a primeira liga”, afirmou.
Na mesma linha, o porta-voz da Tendência Esperança em Movimento, Abel Matos Santos, considera que Assunção Cristas é “absolutamente responsável” pelo resultado que, “sem Nuno Melo, o CDS ainda teria um resultado pior”. O porta-voz desta corrente interna, que é crítica da direcção, também pede uma reflexão interna. “O CDS não pode ir buscar votos ao centro, aí já estão o PS e o PSD”, defende Abel Matos Santos, sustentando que a direcção deve “perceber o seu eleitorado” e “reencontrar-se com os valores fundacionais da democracia cristã”.
O CDS-PP já tem um conselho nacional marcado para esta quinta-feira, que promete ser quente.