Animais de estimação virtuais

A argentina Samanta Schweblin prolonga a singular habilidade narrativa já conhecida nos seus livros anteriores, mas agora numa fábula da sociedade actual.

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Samanta Schweblin inspirou-se nos brinquedos japoneses que tinham uma legião de admiradores — os tamagotchis Alejandra López

Em Pássaros na Boca (Cavalo de Ferro, 2011), o livro de contos que foi a estreia literária da escritora argentina Samanta Schweblin (n. 1978), a autora mexe e remexe na vida afectiva familiar (sobretudo nas relações entre cônjuges, e nas destes com os filhos), e leva o leitor a seguir um fio que, de maneira subtil, o conduz ao insólito e ao inquietante, com súbitos irrompimentos de variadas formas de violência na normalidade quotidiana; a sua forma de expor as relações humanas é crua, não raramente satírica, e de onde o grotesco não está ausente.

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Em Pássaros na Boca (Cavalo de Ferro, 2011), o livro de contos que foi a estreia literária da escritora argentina Samanta Schweblin (n. 1978), a autora mexe e remexe na vida afectiva familiar (sobretudo nas relações entre cônjuges, e nas destes com os filhos), e leva o leitor a seguir um fio que, de maneira subtil, o conduz ao insólito e ao inquietante, com súbitos irrompimentos de variadas formas de violência na normalidade quotidiana; a sua forma de expor as relações humanas é crua, não raramente satírica, e de onde o grotesco não está ausente.