Em Pássaros na Boca (Cavalo de Ferro, 2011), o livro de contos que foi a estreia literária da escritora argentina Samanta Schweblin (n. 1978), a autora mexe e remexe na vida afectiva familiar (sobretudo nas relações entre cônjuges, e nas destes com os filhos), e leva o leitor a seguir um fio que, de maneira subtil, o conduz ao insólito e ao inquietante, com súbitos irrompimentos de variadas formas de violência na normalidade quotidiana; a sua forma de expor as relações humanas é crua, não raramente satírica, e de onde o grotesco não está ausente.
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Em Pássaros na Boca (Cavalo de Ferro, 2011), o livro de contos que foi a estreia literária da escritora argentina Samanta Schweblin (n. 1978), a autora mexe e remexe na vida afectiva familiar (sobretudo nas relações entre cônjuges, e nas destes com os filhos), e leva o leitor a seguir um fio que, de maneira subtil, o conduz ao insólito e ao inquietante, com súbitos irrompimentos de variadas formas de violência na normalidade quotidiana; a sua forma de expor as relações humanas é crua, não raramente satírica, e de onde o grotesco não está ausente.