Infarmed quer limitar acesso dos doentes a novos medicamentos

Na proposta de revisão das orientações metodológicas para a avaliação económica dos medicamentos, é retirada a contabilização dos custos do ponto de vista do doente e da Sociedade. Passa a vigorar a perspectiva da diminuição dos gastos para os hospitais. Médicos e farmacêuticos não concordam.

Foto
As orientações metodológicas em vigor para estudos de avaliação económica de medicamentos são de 1998 JOÃO GUILHERME

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), tutelada pelo Ministério da Saúde, elaborou uma proposta de revisão das orientações metodológicas para a avaliação económica de medicamentos que elimina da contabilização dos custos o ponto de vista do doente e da sociedade. Tem apenas em conta o que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) pode poupar. Esta alteração pode significar uma diminuição do acesso dos doentes, em Portugal, a novos medicamentos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), tutelada pelo Ministério da Saúde, elaborou uma proposta de revisão das orientações metodológicas para a avaliação económica de medicamentos que elimina da contabilização dos custos o ponto de vista do doente e da sociedade. Tem apenas em conta o que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) pode poupar. Esta alteração pode significar uma diminuição do acesso dos doentes, em Portugal, a novos medicamentos.