Paulo Morais diz que principais partidos não apresentaram ideias para a Europa
Cabeça de lista do Nós,Cidadãos! diz sentir uma grande afectividade e uma grande proximidade das pessoas que encontra na campanha.
O cabeça de lista do partido Nós, Cidadãos! às eleições europeias, Paulo Morais, lamentou nesta sexta-feira que, chegado o fim da campanha, os partidos com assento parlamentar em Portugal ainda não tenham dito quais são as suas ideias para a Europa.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O cabeça de lista do partido Nós, Cidadãos! às eleições europeias, Paulo Morais, lamentou nesta sexta-feira que, chegado o fim da campanha, os partidos com assento parlamentar em Portugal ainda não tenham dito quais são as suas ideias para a Europa.
“Ao fim de 33 anos na União Europeia, há eleições europeias em Portugal e os partidos com assento parlamentar não esclareceram o que pretendem fazer durante o seu próximo mandato no Parlamento Europeu. Acho isso verdadeiramente lamentável”, disse o candidato.
Paulo Morais, que começou o último dia de campanha eleitoral com uma arruada em Aveiro, afirmou ainda que Portugal “continua na cauda da Europa”, adiantando que há “muitos aspectos da vida portuguesa que não são características de um país europeu”.
“É com alguma angústia que vejo que poderíamos ter ido muito mais longe, os cidadãos poderiam viver muito melhor, por serem europeus e isso efectivamente ainda não acontece”, observou.
Quanto ao balanço da campanha, o cabeça de lista do Nós, Cidadãos! disse ter registado uma “grande receptividade” das pessoas, afirmando ter ouvido “muitas queixas” sobre “os hospitais, as escolas e os transportes, sobretudo nas áreas metropolitanas”.
“Noto uma grande afectividade e uma grande proximidade das pessoas que vêm ter comigo para me dar os parabéns pelo meu trabalho e apoiar a minha luta de vida contra a corrupção”, referiu. Nesta arruada em Aveiro, que durou cerca de uma hora, Paulo Morais entrou em lojas e cafés para deixar folhetos com o apelo ao voto.
Na Praça Melo Freitas, ouviu o desabafo de Nuno Oliveira, um professor do primeiro ciclo desempregado que está a fazer de homem estátua para ganhar a vida.
“Não tenho arranjado colocação na minha área e, neste momento, estou a fazer isto aqui. Não imaginam as críticas que há em relação àquilo que faço. As pessoas pensam que um artista de rua é um mendigo, mas esquecem-se que muitas vezes é um homem culto”, diz.
Nuno Oliveira criticou ainda os políticos que fazem promessas eleitorais e, depois, “quando estão no poleiro, fazem tudo ao contrário”, adiantando que “o nível elevado de abstenção que temos é devido a isso”.
“Há muita gente que se convenceu que isto está mau. Estão fartos. Então amuam e abstêm-se, em vez de se revoltar e ir votar, mas isso também é compreensível”, respondeu o candidato.
Uns metros mais à frente, a um grupo de turistas franceses explicou, em tom de brincadeira, que é o cabeça de lista do partido do presidente francês Emmanuel Mácron e quando lhe perguntam se vai ganhar, responde: “Veremos”.
O cabeça de lista do Nós, Cidadãos! começou o dia em Aveiro, seguindo depois para o Porto, onde irá encerrar a campanha.