Melo acusa Governo “de esconder” as cativações que aí vêm “por razões eleitorais”

O candidato centrista reclama que António Costa apresente decreto-lei de execução orçamental, “que normalmente é publicado nos primeiros três meses do ano”.

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Nuno Melo (CDS) LUSA/ANTÓNIO COTRIM

Mais um dia, mais uma feira, desta vez Barcelos. Mais um dia, mais um ataque a António Costa. Desta vez, Nuno Melo acusa o Governo de estar “a esconder” o decreto-lei de execução orçamental e “as “cativações” que ele possa revelar por “motivos eleitoralistas”.

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Mais um dia, mais uma feira, desta vez Barcelos. Mais um dia, mais um ataque a António Costa. Desta vez, Nuno Melo acusa o Governo de estar “a esconder” o decreto-lei de execução orçamental e “as “cativações” que ele possa revelar por “motivos eleitoralistas”.

“Nós denunciámos há muito o estado catastrófico do Serviço Nacional de Saúde, o estado miserável da ferrovia, o estado difícil em que as nossas escolas funcionam. Tudo serviços públicos que não são geríveis com ideologia e que precisam de recursos. No meio de tanta propaganda, de tanta publicidade enganosa, temos um Governo que retém a publicação de um decreto-lei por uma razão que é óbvia: quer esconder as cativações que aí vêm e que só quer que sejam conhecidas depois das eleições”, afirmou aos jornalistas.

Por isso, Nuno Melo reclama ao Governo que “dê a conhecer antes das eleições o decreto-lei”, embora admita que seja difícil devido ao aproximar do acto eleitoral. “Eventualmente amanhã ainda tem tempo.”

“O Governo quer esconder aquilo que são as más notícias e que, do ponto de vista eleitoral, lhe possa causar dano. Este é um Governo tacticista”, acrescentou.

Durante a visita à Feira de Barcelos, Melo voltou a referir-se aos muitos casos de “pessoas que passam por muitas dificuldades” e que são ainda “vergastadas pelo fisco”.

Durante a campanha, Nuno Melo e a sua comitiva visitaram quase uma feira ou mercado por dia – houve até dias em que foram dois. O candidato centrista diz sempre que o objectivo “é ir ao encontro das pessoas”. Hoje uma jornalista perguntou-lhe se já se sente o “Melinho das feiras”, numa referência à alcunha que Portas ganhou de “Paulinho das Feiras”. “Não, o original é que é bom. Mas o que é bom repete-se. É por isso que nós somos conservadores”, respondeu.