A terrível aprendizagem do erro

Uma galeria de retratos que dão conta do nosso mundo, ao mesmo tempo que esbatem as fronteiras entre o sujeito dos versos e objecto dos poemas.

Foto
Eucanaã Ferraz joga com os factos da ortografia (de Portugal e do Brasil), em clave ironicamente provocatória Joana Freitas / arquivo

O erro, a falha dão-se a ver, em Retratos com Erro, não através da perspectiva da necessidade, ou da tentativa de correcção, tão-pouco da curiosidade de quem assistisse a um espectáculo aberrante — mesmo que essa ideia perpasse por alguns destes poemas. A posição aqui assumida é, pelo contrário, a de quem pretendesse conhecer por dentro a maior vulnerabilidade. Alguém que quisesse reconhecer-se parte de uma cumplicidade inescapável. É nesse núcleo sempre potencialmente vulnerável que se situa uma espécie de quid da humanidade.

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O erro, a falha dão-se a ver, em Retratos com Erro, não através da perspectiva da necessidade, ou da tentativa de correcção, tão-pouco da curiosidade de quem assistisse a um espectáculo aberrante — mesmo que essa ideia perpasse por alguns destes poemas. A posição aqui assumida é, pelo contrário, a de quem pretendesse conhecer por dentro a maior vulnerabilidade. Alguém que quisesse reconhecer-se parte de uma cumplicidade inescapável. É nesse núcleo sempre potencialmente vulnerável que se situa uma espécie de quid da humanidade.