O CDS dançou na Rua Augusta e Cristas quer ouvir “We Are The Champions” no dia 26

A líder do CDS já diz que “ambição não tem limites”, na subida da alfacinha Rua Augusta.

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A campanha do CDS chegou nesta quarta-feira, pela primeira vez a Lisboa. Na cidade que deu o segundo lugar a Cristas nas últimas autárquicas, houve festa, manifestações de confiança e muita crença para a noite eleitoral na subida Rua Augusta, em Lisboa. E a presidente centrista até já tem música escolhida para a noite do dia 26: “We Are The Champions”. “A ambição não tem limites”, acrescentou.

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A campanha do CDS chegou nesta quarta-feira, pela primeira vez a Lisboa. Na cidade que deu o segundo lugar a Cristas nas últimas autárquicas, houve festa, manifestações de confiança e muita crença para a noite eleitoral na subida Rua Augusta, em Lisboa. E a presidente centrista até já tem música escolhida para a noite do dia 26: “We Are The Champions”. “A ambição não tem limites”, acrescentou.

Antigos e actuais dirigentes e deputados juntaram-se aos candidatos para fazerem a festa na capital. Não eram muitos, talvez uns cem, a maior parte da juventude do partido, mas os gritos, a música da fanfarra Bandalheira e as muitas bandeiras despertavam a atenção. Especialmente turistas, a maioria por ali.

Este facto que não incomodou Nuno Melo.“Foi uma acção talvez na rua mais europeia de Portugal e com oportunidade de falar com pessoas portuguesas, outras que são europeias e vão votar”, afirmou.

Já Cristas, questionada pelos jornalistas sobre a sondagem do PÚBLICO e RTP, que dava ao CDS 7% para as eleições legislativas deste ano, desvalorizou-a mais uma vez. Queriam antes falar da “alegria que vê nas ruas, no entusiasmo e na ambição do partido. E a sua ambição “não tem limites”. Já provamos que não há impossíveis.”

Grande parte do grupo subia a alfacinha Rua Augusta a dançar. As muitas bandeiras davam colorido à marcha. Melo percebeu que tinha ali um bom “boneco”. Pegou numa enorme bandeira portuguesa e transportou-a elevada durante umas dezenas de metros.

À chegada ao Rossio, Cristas repetia: “A nossa ambição não tem limites.”

Fortes críticas ao BE

De manhã, no Mercado Fruta das Caldas da Rainha o alvo de todas as críticas foi o Bloco de Esquerda. De pois de, na noite anterior, Catarina Martins ter afirmado que Paulo Portas “emergiu, qual submarino, do seu mundo de negócios”, para participar na campanha do CDS, Melo não se ficou: “Uma alarvidade miserável, sobre quem nunca sequer foi constituído arguido do que quer fosse.”

“O BE tem uma particularidade muito interessante: diz uma coisa e o seu contrário, sempre com o mesmo sorriso à espera de enganar todos. O BE é o partido que tem a Catarina Martins a dizer que defende a saída da zona euro e a Marisa Matias com a sua cara seráfica a dizer o seu contrário. Essa é uma alarvidade de suspeição miserável sobre quem nunca sequer foi constituído arguido do que fosse.”

Lançado no contra-ataque, o candidato centrista até foi buscar os negócios do antigo vereador do BE na Câmara de Lisboa: “A Marisa Matias que andou a levar o Ricardo Robles aos ombros e pelo braço, a dizer que era o melhor dos candidatos [à Câmara de Lisboa] e rei do combate à gentrificação, devia dizer qualquer coisa sobre o mesmo candidato que, depois, quando tem oportunidade e é eleito vereador à conta do engano do povo inteiro, na primeira oportunidade compra um prédio por 300 e poucos mil euros e tenta vender por cinco milhões e tal, depois de converter o prédio a alojamento local, que o BE diz que combate.” “O Bloco de Esquerda é a expressão do que eu mais deploro na política”, acrescentou.

Confrontado de o facto de Catarina Martins ter também comparado Portas a um “fantasma do passado”, Melo trouxe à conversa o antigo líder do BE. “O que me preocupa é a aparição de Francisco Louçã, que nos ajuda a revisitar o PREC, as ocupações, as nacionalizações, a reforma agrária. (…) [Um membro] de uma extrema-esquerda que é chique e caviar e acabou conselheiro do Banco de Portugal”, lembrou.

Antes, Nuno Melo revelou que o tema do dia era a segurança, afirmando que este tema “é de fundamental importância para CDS, quer no espaço europeu, quer em Portugal. Defendeu mais meios para as forças de segurança em Portugal e acusou o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, de “não defender” estas forças.

Acusou ainda as “forças de extrema-esquerda, do BE e do PCP, de sempre terem votado contra” as iniciativas que apresentou no Parlamento Europeu. “Isso tem o seu equivalente em Portugal, quando o BE apouca as polícias, através de um seu assessor, que apelidou a polícia de ‘bosta da bófia’”.

Durante a campanha na feira das Caldas da Rainha, a caravana do CDS cruzou-se com a da Aliança, comandado pelo número um da lista deste partido, Paulo Sande. Os candidatos e restante comitiva trocaram cumprimentos e desejos de bom trabalho.