O BE atacou Portas e Melo respondeu duro: “Alarvidade miserável”
Lançado nas críticas ao Bloco, o candidato do CDS até foi “desenterrar” o caso Robles.
Nuno Melo teceu nesta quarta-feira duras críticas ao BE pelo facto de Catarina Martins ter afirmado que Paulo Portas “emergiu, qual submarino, do seu mundo de negócios” para participar na campanha do CDS. “Uma alarvidade miserável sobre quem nunca sequer foi constituído arguido do que quer que fosse”, respondeu.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Nuno Melo teceu nesta quarta-feira duras críticas ao BE pelo facto de Catarina Martins ter afirmado que Paulo Portas “emergiu, qual submarino, do seu mundo de negócios” para participar na campanha do CDS. “Uma alarvidade miserável sobre quem nunca sequer foi constituído arguido do que quer que fosse”, respondeu.
Após uma acção de campanha na Feira da Fruta das Caldas da Rainha para as eleições europeias, confrontado pelos jornalistas sobre as críticas de Catarina Martins a Paulo Portas, na noite de terça-feira, Nuno não perdeu nem um segundo para responder.
“O BE tem uma particularidade muito interessante: diz uma coisa e o seu contrário sempre com o mesmo sorriso à espera de enganar todos. O BE é o partido que tem a Catarina Martins a dizer que defende a saída da zona euro e a Marisa Matias, com a sua cara seráfica, a dizer o seu contrário. Essa é uma alarvidade de suspeição miserável sobre quem nunca sequer foi constituído arguido do que quer que fosse.”
Lançado no ataque, o candidato centrista até foi buscar os negócios do antigo vereador do BE na Câmara de Lisboa: “A Marisa Matias que andou a levar o Ricardo Robles aos ombros e pelo braço, a dizer que era o melhor dos candidatos [à Câmara de Lisboa] e rei do combate à gentrificação, devia dizer qualquer coisa sobre o mesmo candidato que, depois, quando tem oportunidade e é eleito vereador à conta do engano do povo inteiro, na primeira oportunidade, compra um prédio por 300 e poucos mil euros e tenta vendê-lo por 5 e tal milhões, depois de converter o prédio em alojamento local que o BE diz que combate.”
“O Bloco de Esquerda é a expressão do que eu mais deploro na política”, acrescentou.
Confrontado com o facto de Catarina Martins ter também comparado Portas a um “fantasma do passado”, Melo trouxe à conversa o antigo líder do BE. “O que me preocupa é a aparição de Francisco Louçã, que nos ajuda a revisitar o PREC, as ocupações, as nacionalizações, a reforma agrária. (…) [Um membro] de uma extrema-esquerda que é chique e caviar e acabou conselheiro do Banco de Portugal”, lembrou.
Antes, Nuno Melo revelou que o tema do dia era a segurança, afirmando que para o CDS este tema “é de fundamental importância, quer no espaço europeu, quer em Portugal. O candidato defendeu mais meios para as forças de segurança em Portugal e acusou o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, de “não defender” estas forças.
Lembrou ainda as “forças de extrema-esquerda do BE e do PCP de sempre terem votado contra” iniciativas apresentou no Parlamento Europeu. “Isso tem o seu equivalente em Portugal, quando o BE apouca as polícias, através de um seu assessor que apelidou a polícia de ‘bosta da bófia’”.
Durante a campanha na feira das Caldas da Rainha, a caravana do CDS cruzou-se com a do Aliança, comandado pelo número um da lista deste partido, Paulo Sande. Os candidatos e restante comitiva trocaram cumprimentos e desejos de bom trabalho e lá continuaram em sentidos opostos.