BE “agradece” a Passos e a Portas por se terem juntado à campanha
Em Braga, a dirigente bloquista e candidata às eleições europeias dividiram o palco e as criticas à esquerda e à direita. Enquanto Catarina Martins agradeceu o regresso dos antigos governantes, Marisa Matias mostrou-se preocupada com a aliança bizarra entre António Costa e o Presidente francês.
Num encontro que arrancou com o Bloco de Esquerda a dar música aos eleitores bracarenses, cerca de 250 pessoas juntaram-se nesta noite de terça-feira junto à Praça da República, no centro histórico de Braga, para ouvir Marisa Matias. A candidata bloquista fez-se acompanhar pela coordenadora do partido, com quem dividiu palco e críticas, quer à esquerda, quer à direita. Enquanto Catarina Martins se concentrou nos ataques à direita, Marisa Matias reforçou as críticas da tarde dirigidas a António Costa, um dia depois do seu encontro com o Presidente francês Emmanuel Macron, acusando o primeiro-ministro de estar a virar-se “para a direita liberal”.
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Num encontro que arrancou com o Bloco de Esquerda a dar música aos eleitores bracarenses, cerca de 250 pessoas juntaram-se nesta noite de terça-feira junto à Praça da República, no centro histórico de Braga, para ouvir Marisa Matias. A candidata bloquista fez-se acompanhar pela coordenadora do partido, com quem dividiu palco e críticas, quer à esquerda, quer à direita. Enquanto Catarina Martins se concentrou nos ataques à direita, Marisa Matias reforçou as críticas da tarde dirigidas a António Costa, um dia depois do seu encontro com o Presidente francês Emmanuel Macron, acusando o primeiro-ministro de estar a virar-se “para a direita liberal”.
Depois de uma actuação musical de Rui David, com Zeca Afonso para ajudar a afinar as gargantas, foi Catarina Martins quem recuperou a inspiração musical para citar a Inquietação de José Mário Branco.
“Eu não meti o barco ao mar para ficar pelo caminho”, lembrou em tom de recado.
“Hoje é um bom dia para balanços”, começou a dirigente bloquista, preparando a sala para as críticas que tinha reservado para os sociais-democratas e centristas.
“O PSD foi buscar para a campanha Pedro Passos Coelho para anunciar desgraças, como sempre”, atirou Catarina Martins, entre aplausos dos apoiantes bloquistas, que reagiram ao nome do antigo primeiro-ministro com assobios de reprovação. Mas a passagem do antigo primeiro-ministro pela campanha do candidato social-democrata Paulo Rangel não foi a única a receber a crítica da dirigente do Bloco.
“Paulo Portas emerge também esta noite, tal submarino, do seu mundo de negócios”, retomou Catarina Martins. “Fez uma pausa da Mota-Engil para aparecer na campanha do CDS”, notou. “Acho que nós só lhes podemos agradecer. É bom que Pedro Passos Coelho e Paulo Portas apareçam hoje na campanha. Lembram bem o país porque é que fizemos um acordo em 2015 e como foi importante tirar a direita do poder”, salientou.
“Em 2015 houve um acordo para tirar a direita do poder e esse acordo foi feito por razões concretas, pela vida de cada um, em nome da dignidade de quem trabalha”, sublinhou a coordenadora do Bloco de Esquerda.
Enquanto Catarina Martins se dedicou aos ataques ao PSD e CDS, a candidata Marisa Matias reforçou as críticas da tarde dirigidas a António Costa, um dia depois do seu encontro com o Presidente francês, Emmanuel Macron, acusando o primeiro-ministro de estar a virar-se para “a direita liberal”.
Marisa Matias diz-se “francamente preocupada” com “a ambição de António Costa construir uma aliança bizarra” com o Presidente francês.
O palco recebeu ainda os candidatos do Bloco de Esquerda pelo distrito de Braga, incluindo o mais jovem candidato da lista bloquista, Miguel Martins, de 18 anos. A jogar em casa, o jovem que este ano irá também votar pela primeira vez, teve uma das maiores ovações da noite.
Miguel Martins lembrou que estavam “no distrito mais jovem do país” a apelou à sua geração para serem “o voto que salva o futuro” da urgência climática.
A “energia incansável” de Marisa Matias que “consegue unir e galvanizar” e que “tanta falta faz para juntar todas as forças” foi também elogiada na recta final da campanha, quando os quilómetros já se somam nas contas da caravana do Bloco de Esquerda.