IP alerta que Governo está a impedir melhorias na segurança da ferrovia

No contraditório às conclusões de uma investigação a um descarrilamento na Linha do Douro, a Infra-estruturas de Portugal (IP) queixa-se das “restrições de contratação de recursos humanos impostas pela tutela” para justificar a ausência de procedimentos adicionais à manutenção.

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Acidente ocorreu a 15 de Janeiro de 2017 na estação de Livração, em Marco de Canaveses PAULO PIMENTA

“Qualquer alteração ao roteiro de manutenção em vigor, para detecção de fissuras não detectáveis por inspecção visual, resultará directamente numa maior afectação de recursos humanos internos que, face ao actual quadro técnico insuficiente, agravado pelas restrições de contratação de recursos humanos impostas pela Tutela, se traduzirá num desfoque de outras actividades mais relevantes para a segurança do sistema”. A citação, atribuída à Infra-estruturas de Portugal (IP), consta num discreto anexo de um relatório do Gabinete de Prevenção e de Investigação de Acidentes Aéreos e Ferroviários (GPIAAF) sobre o descarrilamento de um comboio. E, na prática, significa que a gestora da rede ferroviária assume que não tem meios para fazer uma manutenção mais profunda, porque tem de se concentrar nas outras prioridades de segurança da rede ferroviária. E coloca o ónus na tutela, liderada actualmente por Pedro Nuno Santos, que sucedeu a Pedro Marques no Ministério das Infra-estruturas.

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“Qualquer alteração ao roteiro de manutenção em vigor, para detecção de fissuras não detectáveis por inspecção visual, resultará directamente numa maior afectação de recursos humanos internos que, face ao actual quadro técnico insuficiente, agravado pelas restrições de contratação de recursos humanos impostas pela Tutela, se traduzirá num desfoque de outras actividades mais relevantes para a segurança do sistema”. A citação, atribuída à Infra-estruturas de Portugal (IP), consta num discreto anexo de um relatório do Gabinete de Prevenção e de Investigação de Acidentes Aéreos e Ferroviários (GPIAAF) sobre o descarrilamento de um comboio. E, na prática, significa que a gestora da rede ferroviária assume que não tem meios para fazer uma manutenção mais profunda, porque tem de se concentrar nas outras prioridades de segurança da rede ferroviária. E coloca o ónus na tutela, liderada actualmente por Pedro Nuno Santos, que sucedeu a Pedro Marques no Ministério das Infra-estruturas.