Prémio Booker Internacional atribuído pela primeira vez a obra traduzida do árabe
Jokha Alharthi é a primeira escritora omanense traduzida para inglês. Venceu a distinção com Celestial Bodies, traduzido por Marilyn Booth.
A escritora de Omã Jokha Alharthi e a sua tradutora Marilyn Booth são as vencedoras do prémio Man Booker Internacional, com o livro Celestial Bodies, anunciaram na noite desta quarta-feira, em Londres, os promotores da distinção.
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A escritora de Omã Jokha Alharthi e a sua tradutora Marilyn Booth são as vencedoras do prémio Man Booker Internacional, com o livro Celestial Bodies, anunciaram na noite desta quarta-feira, em Londres, os promotores da distinção.
Jokha Alharthi é a primeira escritora omanense traduzida para inglês e, em simultâneo, a primeira autora a escrever em árabe distinguida com o galardão, segundo comunicado da organização. A autora recebera já com o mesmo livro os prémios Sahikh Zayed para jovens escritores e o prémio de melhor romance publicado em Omã.
Alharthi, inédita em Portugal, é autora de dois outros romances, de duas colectâneas de contos e de um livro para crianças, tendo o seu trabalho sido publicado em inglês, alemão, italiano, coreano e sérvio, destaca a organização do prémio Booker.
A tradutora norte-americana Marilyn Booth, especializada em árabe, está ligada ao Magdalen College, em Oxford, e detém a cátedra Khalid bin Abdallah Al Saud para o Estudo do Mundo Árabe Contemporâneo no Instituto Oriental.
O livro premiado foi escolhido por um júri de cinco elementos, presidido pela historiadora Bettany Hughes, e composto pela presidente do PEN inglês, Maureen Freely, pela filósofa Angie Hobbs e pelos escritores Elnathan John e Pankaj Mishra.
“Um livro que conquista a mente e o coração de formas iguais, que merece ser lido com calma. Vozes e linhas temporais entrelaçadas são servidas pelo ritmo do livro. A sua delicada arte atrai-nos para uma comunidade ricamente imaginada – que se abre para abordar questões profundas de tempo e mortalidade e aspectos perturbadores da nossa história comum”, afirmou a presidente do júri, citada no mesmo comunicado.
No ano passado, o prémio Man Booker Internacional foi atribuído ao livro Flights, da polaca Olga Tokarczuk, a primeira autora daquela nacionalidade a vencer o galardão. O livro chegou às livrarias portuguesas já este ano, com o título Viagens, editado pela Cavalo de Ferro.