Na Câmara de Lisboa, o Benfica celebrou “a reconquista dentro da reconquista”

Fernando Medina, presidente da autarquia, enaltece o quinto título de campeão dos últimos seis anos e considerou Lisboa como a capital dos benfiquistas.

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O Benfica prosseguiu nesta segunda-feira os festejos da conquista do 37.º título de campeão nacional com a recepção/homenagem nos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Lisboa. A comitiva “encarnada” chegou com quase uma hora de atraso em relação ao horário previsto, mas os adeptos não desmobilizaram e corresponderam em massa.

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O Benfica prosseguiu nesta segunda-feira os festejos da conquista do 37.º título de campeão nacional com a recepção/homenagem nos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Lisboa. A comitiva “encarnada” chegou com quase uma hora de atraso em relação ao horário previsto, mas os adeptos não desmobilizaram e corresponderam em massa.

Antes do discurso oficial, numa breve declaração a anteceder a chegada da equipa, Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, vincou que “os sentimentos pessoais ficam de parte” nestes momentos, embora tivesse deixado bem patente a satisfação enquanto adepto do emblema da Luz. “Estou a cumprir a minha função institucional com muito gosto. Recebo o Benfica pela quinta vez nos últimos seis anos”. 

“Pela forma como a segunda volta correu, pela juventude da equipa, que nos encheu com o futebol de um conjunto habituado a vencer, é sempre um gosto grande poder recebê-los aqui”, prosseguiu depois, já de guião em punho. E enalteceu, pelo caminho, o contributo de Bruno Lage, dentro e fora dos relvados: “Tem esse mérito de ter trazido um discurso que aponta para o respeito dos adversários. Sem eles não há competição. Há que valorizar uma nova cultura de relacionamento. Os adversários não são inimigos.”

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Antes de sublinhar a dimensão internacional do Benfica, Fernando Medina lembrou que o clube é também uma extensão e uma referência da cidade. “A comemoração já se fez em vários pontos do mundo, hoje é na casa dos clubes de Lisboa”, sublinhou, para de seguida saudar os campeões nacionais, a quem ofereceu uma versão vermelha do popular Santo António.

“É tempo de celebrar. Parabéns Benfica, o campeão voltou! Todos os títulos são especiais e cada um tem uma história pessoal”, discursou, sublinhando a “ideia poderosa de uma nova geração de futebolistas, nascidos e criados no Benfica”. “Foi uma segunda volta que foi a reconquista dentro da reconquista”, acrescentou, lembrando o quinto campeonato ganho em seis anos e deixando uma palavra a Bruno Lage: “Mostrou ser o treinador de quem os jogadores e adeptos precisavam.”

Bruno Lage: “Já trouxe o fato”

Ao nome de Lage responderam os milhares de adeptos distribuídos pela Praça do Município com um cântico de apoio ao treinador. E também fizeram eco de algumas das expressões do discurso de Luís Filipe Vieira. “Aqui está a razão de ninguém parar o Benfica. Somos uma marca global, com adeptos em todo o mundo, que agora conhece melhor a nossa famosa escola de formação. Um exemplo de como se prepara o futuro. É a vitória da juventude, de um clube vivo, com rumo estratégico para nos trazer a esta praça muitas mais vezes”, enunciou o presidente do Benfica, que voltou um par de vezes à academia do Seixal para vincar aquilo que é o presente e será o futuro do clube.

Mas Bruno Lage continuava a ser o centro das atenções, recolhendo novos aplausos dos adeptos e outra ronda de elogios de Fernando Medina, depois do apelo a uma cultura de maior exigência entre os adeptos face a áreas que vão para além do desporto, como a saúde, a economia e a educação. “Já trouxe o fato, porque com o discurso certo nunca se sabe onde podemos chegar”, provocou o treinador, pedindo tempo para saborear a vitória antes de regressar mais forte para atacar o bicampeonato.

“Já estão a pedir o 38.º título... Essa tem de ser a exigência de um grande clube. Temos de saber que a vida é isto, guardar este momento e vivê-lo com enorme felicidade”, assinalou, antevendo um futuro de exigência. “Não tenho dúvidas de que voltaremos mais fortes e determinados. Mas antes há que recuperar energias para tentar vencer o próximo. Vamos viver de forma efusiva, pois é tempo de celebrar e guardar este momento de forma muito carinhosa”, sugeriu.

A festa estendeu-se depois ao varandim do edifício, teve direito a hino do Benfica e às fotografias da praxe. Dos adeptos na direcção dos jogadores e vice-versa.