Marisa Matias diz que Bruxelas prepara “um assalto” às pensões
“O objectivo de Bruxelas é recuperar o sistema financeiro à custa das pensões e por isso inventa uma desculpa da falta de poupanças”, diz a cabeça de lista do BE.
A cabeça de lista do Bloco de Esquerda às eleições europeias de 26 de Maio, Marisa Matias, alertou neste domingo, num almoço-comício no Funchal, que Bruxelas “está a preparar um assalto às pensões” para recuperar o sistema financeiro.
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A cabeça de lista do Bloco de Esquerda às eleições europeias de 26 de Maio, Marisa Matias, alertou neste domingo, num almoço-comício no Funchal, que Bruxelas “está a preparar um assalto às pensões” para recuperar o sistema financeiro.
“Há um tema que não tem sido falado”, disse a candidata, alertando que “a União Europeia está mesmo a preparar um assalto às pensões”, através de um PPR europeu, “um negócio à medida do mercado de capitais”, para aliviar “a pressão sobre os fundos públicos” e “recuperar o sistema financeiro”.
Marisa Matias disse que o BE e os pensionistas não querem os descontos “nas mãos do sistema financeiro” e que a União Europeia “quer é atacar” os sistemas públicos da Segurança Social e das pensões.
“O objectivo de Bruxelas é recuperar o sistema financeiro à custa das pensões e por isso inventa uma desculpa da falta de poupanças”, salientando que Bruxelas quer reduzir a Segurança Social “a um sistema de esmolas para pobres, empurrando quem pode para produtos privados e quem não pode para a miséria”.
Por isso, Marisa Matias lançou uma pergunta aos cerca de 400 participantes no almoço-comício que decorreu na praça do peixe do Mercado dos Lavradores no Funchal: “Querem mesmo ver as vossas pensões nas mãos de banqueiros como Joe Berardo, Ricardo Salgado ou Armando Vara?”
A cabeça de lista do BE, depois de salientar que o bloco central europeu onde estão o PS, PSD e o CDS-PP estão do lado do sistema financeiro, apelou aos militantes para não faltarem ao voto no dia 26 de Maio “para defender as pensões que merecem”.
O candidato pela Madeira do BE, Rui Ferrão, defendeu a necessidade de a Madeira, enquanto região ultraperiférica, ter um representante no Parlamento Europeu.