Sondagens fazem CDS dramatizar o discurso contra os “extremismos de esquerda”

Nuno Melo lançou-se ontem contra os perigos do PCP e BE, que estão à sua frente nas sondagens. “Seria muito importante que o CDS tivesse mais votos que o PCP e o BE”, afirmou numa clara mensagem para que o seu eleitorado não fique em casa no dia 26.

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Nuno Melo em campanha com baterias apontadas para BE e PCP hugo delgado/lusa

Com o CDS a surgir em quinto lugar na sondagem do Expresso e da SIC, atrás de PCP e BE, Nuno Melo subiu o tom do discurso da dramatização neste sábado. Numa clara mensagem para que o seu eleitorado não fique em casa no dia do voto para a Europeias, 26 de Maio, o candidato dos centristas lançou-se contra os “extremismos de esquerda”.

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Com o CDS a surgir em quinto lugar na sondagem do Expresso e da SIC, atrás de PCP e BE, Nuno Melo subiu o tom do discurso da dramatização neste sábado. Numa clara mensagem para que o seu eleitorado não fique em casa no dia do voto para a Europeias, 26 de Maio, o candidato dos centristas lançou-se contra os “extremismos de esquerda”.

Após uma visita ao mercado de Ovar e com uma comitiva mais alargada, graças ao apoio de militantes e dirigentes locais, Melo fez um apelo quase veemente: “Com os extremismos a crescerem na Europa e sendo o CDS a direita da tolerância, a extrema-esquerda defende o nosso oposto. O Bloco e o PCP combatem a União Europeia, o euro e o tratado orçamental, a participação de Portugal na Nato, seria muito importante que o CDS ficasse com mais votos do BE e do PCP. Essa é uma batalha importante agora que entramos na última semana de campanha.”

O número um da lista do CDS sempre vai dizendo que as sondagens do partido são a rua, mas é óbvio que esta última fez acender algumas luzes de alarme nos centristas. “Seria uma boa demonstração de tolerância e de espírito democrático o CDS ter mais votos que o PCP e o BE.” E não saiu desta linha: “Tenha mais votos do que quem, na Assembleia da República ou no Parlamento Europeu, defende regimes como o norte-coreano, cubano ou venezuelano. Como quem, nas festas do Avante!, faz discursos com murais da revolução bolchevique atrás. Temos de ter a noção que os extremismos também estão cá”.

Lembrando que a direita está a crescer em França, Itália, Grécia, Espanha e Alemanha, Melo diz ser “realista” e para já não pede mais do que ficar à frente do BE e PCP. Mas tem esperanças que as coisas mudem um dia. “Não há partidos perpétuos, nem donos da vontade dos outros. (…) Ninguém é dono dos votos. Quem achar também que em Portugal os votos são perpétuos e os partidos só por o serem têm direito às vitórias, olhe bem para o vento da História, que isso pode mudar. E quando mudar, o CDS será talvez o sinal dessa mudança”, afirmou.

“Já ninguém vota apenas porque se tem uma mãozinha fechada, ou porque se tem um símbolo cor de laranja”, acrescentou.

Mas neste sábado as baterias estavam mesmo apontadas para BE e PCP e Melo voltou à carga: “A extrema-esquerda é tão má como a extrema-direita (…). Cada vez que o comunismo governa todos os tipos de comunismos, maoismos, trotsequismos, marxismos, leninismos, todos os ismos, o destino é sempre o mesmo: povos à míngua e os países na desgraça.”