Raquel, a novata que quer dar magia ao CDS
É a número três e a primeira mulher da lista do CDS às europeias. Raquel Vaz Pinto anda entusiasmada na sua primeira campanha e tem esperança de ser eleita.
É a “novata” do CDS. Está a fazer a sua primeira campanha “com muito entusiasmo” e a “tirar o melhor partido de tudo”. Raquel Vaz Pinto, 46 anos, é a número três do CDS às europeias e a primeira mulher na lista. Acredita que vai ser eleita e conseguir para o partido a “magia” que Assunção Cristas deseja, “multiplicar o número de candidatos eleitos”.
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É a “novata” do CDS. Está a fazer a sua primeira campanha “com muito entusiasmo” e a “tirar o melhor partido de tudo”. Raquel Vaz Pinto, 46 anos, é a número três do CDS às europeias e a primeira mulher na lista. Acredita que vai ser eleita e conseguir para o partido a “magia” que Assunção Cristas deseja, “multiplicar o número de candidatos eleitos”.
É novata mas muito activa pelos locais por onde passa a campanha centrista. Quem não souber, dificilmente diz que está na caravana do CDS pela primeira vez. Sempre com uma t-shirt do partido vestida, intervém de forma muito activa. Tal como Mota Soares, corre para junto de Nuno Melo quando ele fala aos jornalistas. Se não está é o eurodeputado que a chama para ao pé si.
“Estou a viver a política por dentro. Até aqui apenas a vivia em teoria, agora estou a vive-la na prática e estou a adorar. Tenho uns companheiros extraordinários e fui muito bem recebida por eles”, disse ao PÚBLICO esta investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais.
Raquel, “só Raquel”, como pede que a chamem, entrou para o CDS em 2016, “por convite de Assunção Cristas”. Hoje é uma das suas conselheiras na comissão executiva do partido. “Aceitei o convite para a lista das europeias, porque acho que posso ser útil ao partido e ao país. A Europa atravessa várias encruzilhadas, não só internamente como externamente. E eu acho que, como voz do CDS, posso ajudar a fazer face a estes desafios. Por outro lado, a política precisa de mais mulheres”, acrescentou.
A política não a está a surpreender. “Não dá mais trabalho do que pensava. Entrei ciente, realista, do que era esta vida. E a novata tem tido uma grande ajuda dos mais experientes. Estou a tentar partido disto tudo e estou adorar”.
O que acha mais positivo na vida política é “a possibilidade de ter impacto na vida das pessoas”. “Às vezes até podem ser pequenos passos ou ideias, mas que acabam por influenciar positivamente os cidadãos”, diz. Já a parte mais negativa é “a dificuldade em fazer passar a mensagem” e “o tempo que se passa a discutir a prática e não a estratégia. “Gasta-se muito tempo a discutir a espuma dos dias.”
O PÚBLICO pediu-lhe para fazer uma promessa de campanha: “Fazer o meu melhor, como sempre fiz na vida, e pôr os interesses de Portugal acima de tudo. Faço esta promessa porque sei que a posso cumprir.”
Nasceu em Luanda, mas veio para Portugal ainda não tinha dois anos, não tem memórias desses primeiros anos. “O regresso a Portugal foi traumático e lá em casa não se falava muito nisso [os país integraram o grupo de retornados de 1975]. Talvez um dia tenha coragem de abrir os caixotes da minha mãe e fazer uma cronologia desses tempos. Até agora ainda não tive coragem”, diz.
Para já é a vida política e o CDS que falam mais alto. “Vamos à luta”, diz antes de partir para mais um jantar comício.
Dois mercados numa manhã
O dia de campanha do CDS foi passado no Algarve. E na mesma manhã os centristas visitaram os mercados de Olhão e Faro. No primeiro, com a participação de Assunção Cristas, percebeu-se logo a mensagem que o CDS queria passar
“Faz hoje cinco anos que a troika saiu de Portugal. Saiu com o esforço de todos os portugueses, com tempos muito duros. Em cinco anos esperávamos estar noutras circunstâncias, ter o país a crescer aliviado em termos de austeridade, que agora vestiu outras roupas”, lembrou a líder do CDS ao quinto dia de campanha oficial para as eleições europeias”, afirmou a líder do partido. E aproveitou para dar mais umas “bicadas” no Governo de António Costa, o que tem sido uma constante da campanha do CDS: “Temos a austeridade no máximo de sempre, com a maior carga fiscal de sempre e com os serviços em números muito baixos, seja no investimento público, seja nos serviços públicos.
Já em Faro, Nuno Melo também puxou o tema, lembrando que nesse dia festejou com uma garrafa de espumante. “Chega a ser paradoxal, cinco anos depois da saída da troika, que testemunhemos austeridade sem troika, de um Governo que é a troika sem a troika”, afirmou o número um da lista do CDS.