Fleabag, o mundo de Phoebe Waller-Bridge voltou e acabou
A segunda – e derradeira – temporada da série cómica britânica chegou esta sexta-feira ao Amazon Prime Video. Depois disto não vai haver mais.
2019 é o último ano de Fleabag. A criação de Phoebe Waller-Bridge começou por ser uma peça de uma-mulher-só, posta em cena no festival Fringe de Edimburgo em 2013. Três anos depois chegou à BBC3, numa série cómica escrita e protagonizada pela própria Waller-Bridge. Este ano, tanto a série quanto a peça serão reformadas e não voltarão mais. É aproveitar ao máximo a segunda temporada e os últimos seis episódios, que chegaram esta sexta-feira ao Amazon Prime Video.
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2019 é o último ano de Fleabag. A criação de Phoebe Waller-Bridge começou por ser uma peça de uma-mulher-só, posta em cena no festival Fringe de Edimburgo em 2013. Três anos depois chegou à BBC3, numa série cómica escrita e protagonizada pela própria Waller-Bridge. Este ano, tanto a série quanto a peça serão reformadas e não voltarão mais. É aproveitar ao máximo a segunda temporada e os últimos seis episódios, que chegaram esta sexta-feira ao Amazon Prime Video.
É uma série cómica com inspiração em tragédias gregas e baseada na peça homónima que Waller-Bridge também escreveu e protagonizou. Nela, a autora faz de Fleabag – não lhe conhecemos o nome verdadeiro –, uma londrina que é dona de um café temático de porquinhos-da-índia que está a lidar com duas mortes: a da mãe e a da melhor amiga, um atropelamento semi-acidental. É dada a quebrar a quarta parede e falar directamente para a câmara, a comentar o que está a acontecer na sua vida de promiscuidade e fora dos eixos.
Fleabag tem uma irmã mais velha – interpretada por Sian Clifford, melhor amiga de Waller-Bridge na vida real – que, ao contrário dela, é muito bem-sucedida na vida e é casada com um americano medonho – o sempre hilariante Brett Gelman – e um pai – o escocês Bill Paterson – que começou uma relação com uma artista que é madrinha delas – uma madrasta má que também não tem direito a nome próprio e a quem é dada vida pela recentemente oscarizada Olivia Colman.
Nesta segunda época, o pai e a artista vão casar-se e o padre, interpretado pelo irlandês Andrew Scott – o Moriarty de Sherlock –, que é de várias formas o oposto da protagonista, entra na vida de Fleabag. Tal como na primeira leva de episódios, explora-se a insegurança, o desejo, a dor, o luto e inúmeros outros sentimentos. Pelo meio, ainda há tempo para aparecer a maravilhosa Kristin Scott Thomas.
Vendo Fleabag ou Killing Eve, outra série adaptada por Waller-Bridge a partir dos livros de Luke Jennings cuja segunda temporada chega cá via HBO Portugal, perceber por que é que Daniel Craig, que não estava contente com o guião de Bond 25, o próximo filme da saga Bond, requisitou que Waller-Bridge trabalhasse nele e lhe adicionasse humor, um olhar feminista para um franchise que muito fez pela masculinidade tóxica. Seja bom ou mau o resultado final, é provável que melhore um pouco com o envolvimento dela.