Chelsea Manning de novo na prisão por “entrave à Justiça”

Chelsea Manning esteve presa durante sete anos por ter transmitido à Wikileaks em 2010 mais de 750 mil documentos diplomáticos e militares. Tinha sido libertada há uma semana.

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Um juiz federal norte-americano ordenou o regresso à prisão da antiga analista militar Chelsea Manning, por “entrave à boa marcha da justiça” ao recusar responder a perguntas num inquérito à actividade da Wikileaks, de Julian Assange.

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Um juiz federal norte-americano ordenou o regresso à prisão da antiga analista militar Chelsea Manning, por “entrave à boa marcha da justiça” ao recusar responder a perguntas num inquérito à actividade da Wikileaks, de Julian Assange.

Manning, que já passou sete anos atrás das grades por ter transmitido uma quantidade colossal de informações militares e diplomáticas à Wikileaks em 2010, foi detida à saída de uma audiência num tribunal de Alexandria (Virginia).

O juiz Anthony Trenga disse que Manning incorre numa multa diária de 500 dólares se continuar a recusar cooperar ao fim de 30 dias de detenção, e de mil dólares por dia depois de 60 dias de detenção.

Chelsea Manning já passou sete anos detida por ter transmitido à Wikileaks em 2010 mais de 750 mil documentos diplomáticos e militares, cuja publicação colocou os EUA em situações embaraçosas.

Permanecerá detida até aceitar falar ou até ao até que o júri do inquérito em curso termine o seu mandato de 18 meses, diz o jornal The Washington Post.

Manning já tinha sido detida a 8 de Março pelo mesmo motivo - a ex-militar considera o processo “opaco” e pouco democrático - e foi libertada porque o mandato do chamado Grande Júri (usado nos casos penais mais graves ou para conduzir uma investigação confidencial) tinha expirado; foi constituído um novo. 

“Não vou abdicar dos meus princípios. Prefiro, literalmente, morrer de fome do que mudar de opinião”, disse na quinta-feira, antes de ser reenviada para a cadeia.