Nos Bálticos, a herança soviética inquieta europeus convictos

Na Estónia e na Letónia, ao debate sobre o que é ser europeu junta-se uma discussão muito particular, herdada da era soviética. Numa Europa em plena crise de identidade, como incluir as maiores populações de apátridas do continente?

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Na fronteira com a Rússia a Estónia tem exercícios da NATo com frequência EPA

Entre os estónios persiste um orgulho quase consensual em relação ao percurso do país desde que voltou a ganhar a independência, em 1991, após meio século de ocupação soviética. Esse orgulho advém sobretudo do carácter pacífico que o movimento independentista conseguiu manter desde a sua origem – nos países bálticos fala-se da “revolução cantada” dos anos 1980, que mais não foi do que uma série de manifestações em que milhares de pessoas se juntavam para cantar hinos patrióticos, num claro desafio às autoridades soviéticas.

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Entre os estónios persiste um orgulho quase consensual em relação ao percurso do país desde que voltou a ganhar a independência, em 1991, após meio século de ocupação soviética. Esse orgulho advém sobretudo do carácter pacífico que o movimento independentista conseguiu manter desde a sua origem – nos países bálticos fala-se da “revolução cantada” dos anos 1980, que mais não foi do que uma série de manifestações em que milhares de pessoas se juntavam para cantar hinos patrióticos, num claro desafio às autoridades soviéticas.